sábado, 16 de maio de 2009

Jornada Rumo à Retidão

Jornada Rumo à Retidão (A. Lynn Scoresby, A Liahona, ago/1980, p. 9)

Primeiro, achei que fosse uma lista de verificação de atividades. Depois, concluí que se tratava de apenas eliminar o pecado. Então, fiz minha grande descoberta...

Eu tinha dezoito anos – e estava matriculado num curso sobre o Livro de Mórmon na Universidade de Brigham Young – quando me dei conta de que não sabia se o evangelho era verdadeiro. Chegar a essa conclusão já foi um choque, uma vez que eu já obtivera todos os certificados de reconhecimento e mérito, era extremamente ativo em todo tipo de atividades da Igreja, e sempre presumira que a Igreja fosse verdadeira. Presumir, porém, não é saber.
Destarte, por ser obediente, apliquei as instruções contidas em Alma 32 e Morôni 10:4-5, e recebi a certeza de que precisava.
Meu objetivo aqui é simplesmente compartilhar minhas experiências e os conhecimentos adquiridos na tentativa de viver o evangelho. O desenvolvimento espiritual de qualquer indivíduo é, logicamente, um assunto pessoal. Ninguém mais terá minhas exatas experiências ou emoções. Mas parece-me que certos princípios ou conceitos são universais e que minha experiência poderá ser útil para alguns.
Fase um: a questão
O testemunho que havia recebido do Senhor através do Espírito Santo era o bastante para me fazer desejar a retidão. Eu fizera a pergunta certa – o que é retidão? E então, parti para a resposta com algumas premissas erradas. Não havia compreendido as ramificações do testemunho que recebera – primordialmente, que esse testemunho era uma poderosa prova da existência de um Deus pessoal que se importa comigo. Esse simples fato, porém essencial, escapara-me, de algum modo. Eu ainda via a oração como um meio de obter bênçãos, e não como veículo de comunicação com Deus. Aprendi, desde aí, que orar objetivando comunicação com o Espírito do Senhor é um propósito muito mais legítimo do que orar para obter bênçãos – que é essa comunhão operando em nós que nos torna melhores, e não a bênção.
Fase dois: retidão é cumprir simplesmente todos os deveres na Igreja?
Eu achava que retidão era nada mais nada menos que fazer tudo o que meus líderes na Igreja me pedissem. Creio que considerava a retidão como um sistema, um conjunto de regras. Fiz disso, portanto, minha meta, e comecei. Fiz missão, casei-me no templo, fui quase que imediatamente depois ordenado um sumo sacerdote e chamado como conselheiro de bispado, e ocupei muitas outras posições, posteriormente. Procurei freqüentar regularmente o templo, aprender a fazer e cuidar de minha genealogia, realizar noites familiares, pagar dízimo e ofertas, contribuir para os fundos de construção e orçamento, e, em suma, fazer tudo o que meu bispo pedisse.
Não posso negar que as recompensas dessas atividades eram grandiosas. Mas também não posso afirmar que me tornei um espelho de retidão como resultado disso. Eu continuava perturbado por sentimentos de culpa e indignidade. Ainda conservava pequenos defeitos de caráter, e outros males em minha alma. As atividades na Igreja, por si só, não pareciam erradicar meus pecados.
Minha primeira reação, ao perceber que meus esforços não me livravam de meus pecados, foi redobrar meu empenho. Descobri-me mais e mais preocupado em conseguir certo reconhecimento de sucesso na Igreja. Como muitos de nós, presumi, erroneamente, que o chamado para posições elevadas na Igreja significava o selo de aprovação do Senhor. Passaram-se vários anos antes que me livrasse desse engano.
Outro resultado de minha meta voltada à “atividade” – fazer tudo o que pudesse, na Igreja –, foi o fato de me sentir frustrado e culpado, às vezes, porque não podia compreender todas as instruções que recebia dos líderes. Por vezes ouvia: “Faça isso; é o mais importante.” Em outra ocasião, parecia que outra coisa era prioritária. Quando me sentia espremido entre duas coisas “boas”, minha meta de fazer o que me pedissem não me ajudava a tomar as decisões difíceis. A frustração e a culpa se apoderavam de mim, quando descobria que não tinha tempo suficiente para cumprir sempre, e satisfatoriamente, todas as responsabilidades familiares e eclesiásticas.
Com o tempo, descobri algumas coisas importantes. Primeiro, compreendi que, embora minha meta – a retidão – ainda permanecesse, eu me enganara nos métodos para obtê-la. Procurara a evidência exterior, em vez da certeza interior, advinda de meu Pai Celestial. Vi também que satisfazer todas as expectativas de outras pessoas não só era impossível, como também não me fazia sentir totalmente justo e reto. Assim sendo, comecei outra vez.
Fase três: eliminar o pecado, por si só, é retidão?
Sorrio um pouco, quando me recordo de minha segunda tentativa. Descobrira que retidão tinha algo a ver com eliminar todos os pecados que estava abrigando, e assim, decidi, simplesmente, parar de pecar. Ora, eliminar os pecados não é tarefa fácil nem divertida. Os métodos que empreguei me parecem agora quase embaraçosos. Não obstante, eu estava sendo sincero.
A fim de livrar-me dos pecados, descobri que tinha de saber quais eram. Comecei a comparar-me com os outros. Não demorou muito até eu achar que não era tão mau assim, afinal de contas. De fato, comecei a gostar da coisa. E enquanto me concentrava nas faltas alheias, minha culpa e frustrações realmente pareciam diminuir. Assim, não funcionou. Por algum tempo, consegui fingir que não precisava, de fato, modificar-me, mas não pude conservar tal ilusão. Minha consciência não me permitia sufocar por completo os meus pecados.
Fui mais cauteloso na segunda tentativa de identificar meus pecados. Refleti sobre o que era e o que não era pecado. Descobri que estava apenas adiando alguma ação prática; e vi que seria possível, realmente, tornar-me mais objetivo acerca de quem eu era, e em que precisava modificar-me.
Pude ver que tentara racionalizar meus pecados, achando que muitas das advertências das escrituras e dos profetas modernos não se aplicavam a mim. Pensando dessa forma, pusera-me acima dos outros. Mas, logo que pude, honestamente, reconhecer meus pecados, fiquei menos temeroso – e quase desejoso – de eliminá-los.
De imediato, projetei um programa para eliminar meus pecados. Meu programa resumia-se em dizer a mim mesmo que não iria pecar – não teria pensamentos impuros; nunca mentiria; nunca procrastinaria; não perderia a calma. Foram precisos muitos fracassos e retomadas de caminho para descobrir mais duas coisas importantes. Primeiro: quando eu tentava evitar o pecado e tinha sucesso, recebia sempre um sentimento cálido confirmador do Espírito Santo. Segundo: descobri que algumas coisas nas quais procurava não pensar vinham-me à mente com mais freqüência.
A maior parte do problema, a essa altura, conforme percebo agora, é que eu encarava meus pecados como uma espécie de competição – eles contra mim. Achei que tinha de lutar para combatê-los, e que a retidão era obtida à custa de força de vontade. Tal perspectiva apenas perpetuava a situação. Meu problema a essa altura era minha perspectiva. Eu tentava não fazer coisas negativas, em vez de tentar fazer coisas positivas. Em vez de definir meus pecados, deveria ter tentado definir os atributos que eu queria ter.
O resultado dessa tentativa de obter retidão, por conseguinte, foi que a maior parte de meus pecados ainda permanecia comigo, e um ou dois estavam piores do que quando comecei. Acabei considerando-me um completo fracasso.
Fase quatro: aceitar o “status quo”, ou as coisas como são
Minha próxima reação foi tão ineficaz quanto as outras. Perdi as esperanças. Decidi que precisava aceitar a realidade – aceitar o fato de que não me conseguia modificar –, e então tentar ser o mais honrado possível, dentro dessas condições. Concluí que não poderia mudar o bastante para ser uma pessoa celestial. Mas o verdadeiro problema era que eu não aprendera como me modificar.
Essa foi, provavelmente, a época mais infeliz de minha vida. O hábito de ser ativo na Igreja estava tão arraigado em mim que não deixei de participar. Em vez disso, descobri que cumprir mediocremente as designações da Igreja é extremamente fácil. Realizava minhas visitas de mestre familiar, por exemplo, regularmente – porém, no final do mês e de modo bem descuidado. Durante os serviços de adoração, minha mente vagava. Na aparência, eu fazia tudo direitinho, mas, por dentro, sentia-me mal a respeito de mim mesmo, certo de que Deus já não podia amar-me nem me amava. Abandonara toda esperança de algum tipo de recompensa após a mortalidade.
Quase todos nós passamos por esse tipo de sentimento, em algum grau, durante a vida. Tememos a desaprovação advinda do afastamento total da atividade na Igreja, mas, ainda assim, descobrimos meios de resistir ao compromisso pleno e honesto. Tornamo-nos um “água morna”. Por exemplo, podemos lecionar na Escola Dominical, mas nunca levamos a sério a lição. Aceitamos algumas designações do programa de bem-estar apenas porque não conseguimos encontrar uma boa desculpa. Descobrimos falhas nos oradores, líderes ou naqueles que nos parecem hipócritas. Nossas orações tornam-se mecânicas e rotineiras. Consideramos a Igreja como algo que nos tenta controlar – uma instituição grande e complexa que emite pressões e mensagens e nos incute remorsos. Afastamo-nos dos outros, e fazemos segredo da maior parte de nosso sentimento de culpa e frustração.
Nunca disse a ninguém que me sentia assim. Sei que minha vida tinha pouca direção.
Fase cinco: descoberta
Mas eu não poderia tolerar essa melancolia e solidão indefinidamente; sempre fora uma pessoa feliz. Minha solidão levou-me a concluir que só eu, e ninguém mais, era responsável pelo desenvolvimento de minha vida espiritual.
Quando descobri que a auto-estima era mais importante que as opiniões dos outros, vi-me, de repente, livre para fazer uma série nova de escolhas. Durante o tempo em que minha auto-estima dependia das opiniões alheias, eu não tinha liberdade para decidir o que deveria e o que não deveria fazer. Não tinha liberdade de escolher – ou mesmo compreender – a retidão, uma vez que decidira a priori tratar-se de um conjunto complexo de critérios exteriores a que eu tinha de me submeter.
Mas a verdadeira liberdade de escolha, segundo descobri, veio somente quando consegui encarar-me como um filho de Deus, ímpar, singular, responsável pela promoção de meu próprio bem-estar eterno. Descobri, também, que esse tipo de interesse por si próprio não é egoísmo. Somos egoístas somente quando negamos igual interesse aos outros.
Pode haver mais de uma razão para as coisas que fazemos ou dizemos. Um ato de solidariedade pode ser motivado tanto por egoísmo como pelo desejo de satisfação ou felicidade resultante da prestação de serviço. Isto não quer dizer que o que serve seja egoísta. Fazer algo justo só porque o faz sentir-se bem não é um mau motivo.
Fase seis: os princípios da verdadeira retidão
Armado dessas experiências e entendimento – a lembrança de minha desolação e o sentimento de que me poderia modificar –, voltei a ponderar o que seria a retidão. A lembrança da mensagem do Senhor para mim, enquanto fazia o curso sobre o Livro de Mórmon na Universidade Brigham Young, reavivou-se. Aprendera, naquela época, que o Livro de Mórmon era divino, mas a simples conclusão de que Deus existia era-me agora muito mais significativa. Eu havia perguntado, e ele me revelara sua existência.
E por que essa descoberta foi tão importante? Porque conhecer a Deus é o alicerce da retidão. (V. João 17:3.) Deus se nos revela porque nos ama, e também para que possamos tornar-nos como ele é.
Eu não compreendera que a natureza de Deus era igual à minha, e que, portanto, eu possuía o poder intrínseco de me refinar. (V. D&C 58:28.) O Salvador disse: “... o reino de Deus está entre vós.” (Lucas 17:21.) E também disse: “... Buscai primeiro o reino de Deus...” (Mateus 6:33.) Aprendi que devo esforçar-me até conseguir criar essas condições de retidão dentro de mim.
E pareceu-me que a coisa mais bela e radiosa que descobri, ao aproximar-me do Senhor, foi a paz de espírito, o envolvente amor proveniente da comunhão com ele. Antes, o desejo de obter tal comunhão raramente fora motivo de algo que eu tivesse feito. Mas agora, afinal, eu encontrara uma medida infalível para a retidão.
Meu valor e progresso, então, não seriam mais avaliados por minha fama, riqueza, poder ou até mesmo popularidade, nem por quaisquer outros padrões insatisfatórios, por mais estimados ou aceitos que fossem. Meu valor seria determinado pela freqüência com que o Espírito Santo me revelasse que eu conseguira tornar-me um pouco mais semelhante ao Pai. A verdadeira retidão, eu descobrira, era aprender a respeito de Deus e tornar-me semelhante a ele.
Depois de identificar, mediante estudo, algumas das características de nosso Pai Celestial, descobri três passos para tentar adquiri-las, a fim de tornar-me mais semelhante ao Senhor.
Primeiro, aprendi que precisava exercitar, sem qualquer pressão externa, meu livre arbítrio para escolher agir ou pensar como meu Pai Celestial deseja que eu aja ou pense. Era uma escolha consciente, um esforço – porém, algo que eu queria fazer; não uma luta ou peleja. Depois, minha escolha devia ser seguida pela ação. E a terceira parte era a comunhão com o Espírito Santo, o testemunho de que minha escolha era boa, evidência de que eu estava fazendo progressos e confirmação de que meu Pai Celestial me ama.
Permitam-me dar-lhes um exemplo. Minha primeira tentativa de tornar-me como o Pai Celestial foi procurar controlar meu humor. Observei que, ocasionalmente, voltava para casa do trabalho cansado e infeliz. Quando introduzia esses sentimentos em casa, não me portava como bom marido e pai. Decidi que me tornaria mais semelhante ao Senhor se regressasse diariamente ao lar alegre e comunicativo. Escolhi livremente – e quis – tentar fazer isso. Agi, após a escolha, e descobri, pela experiência, que podia modificar meu humor. Um pequeno “truque” que idealizei foi escolher um edifício localizado a cinco metros de casa. De regresso, após o trabalho, aquele prédio era o sinal para eu voltar meus pensamentos para minha família e a vontade de estar com ela. Recordava, conscientemente, horas agradáveis brincando com meus filhos ou passadas em companhia de minha mulher. Ou então revia mentalmente as alegrias de pai e marido. Esse procedimento foi útil para mim. Agora consigo, quase sempre, chegar bem disposto em casa. E tenho sentido a aprovação do Senhor por meu esforço, uma tremenda motivação para tomar outras decisões e agir, com o intuito de tornar-me mais semelhante a Deus.
À medida que cresceu o desejo de tornar-me mais semelhante a Deus, esses três passos rumo à retidão causaram uma mudança radical em minha maneira de encarar as responsabilidades eclesiásticas, familiares e pessoais. Em vez de visitar as famílias só para me livrar da tarefa mensal, vejo-me agora querendo visitá-las, porque sei que isso me ajudará a desenvolver características divinas. A motivação é forte – eu cresço e as pessoas que ensino também são beneficiadas. Em vez de pensar que o cumprimento de todas as designações da Igreja se equipara à retidão, compreendo que os programas da Igreja são apenas um dos melhores meios para se praticar os traços que desejamos desenvolver em nosso caráter – um deles, é claro, o de aprender a amar e servir ao próximo. Em vez de comparecer à reunião sacramental por causa do hábito ou por medo da desaprovação, vou sabendo que ali desenvolverei minha habilidade de comunicar-me com o Espírito do Senhor.
A família é, provavelmente, o ambiente mais importante para nos ajudar a criar uma personalidade semelhante à de Deus. Senti uma mudança de atitude quanto a isso, também, de uma tendência de ver os filhos como objetos de obrigação de amor, para a consciência de que a família é a melhor fonte de crescimento e alegria que posso ter, e o melhor local para se ajudar os outros a descobrirem o regozijo e a verdadeira identidade. Sinto necessidade de saborear cada momento de ensino, de riso, de amor, de trabalho e de crescimento mútuo.
Mudou minha perspectiva quanto a meus pecados e minha luta para eliminá-los. Já tenho experiência suficiente nesse processo rumo à retidão para saber que meus pecados desaparecem quando os substituo por um traço de caráter semelhante ao do Pai Celestial. A energia que usava para conter a ira, por exemplo, posso agora empregar em ser gentil, e, após a escolha, agir de acordo. A ira desaparece simplesmente porque não há mais lugar para ela. Estou mais interessado em ensinar e amar.
Os que me conhecem melhor – eu mesmo, especialmente – não poderiam afirmar que consegui algum estágio notável de retidão. Fico frustrado quando descubro uma escolha que me traria alegria, mas que, infelizmente, não consigo pôr em ação. Estou certo de que outros já efetuaram a mesma descoberta. Mas já experimentei a alegria e a força que acompanham a bênção de, pelo menos, estabelecer a meta certa.
No último dia, suspeito que Deus me fará duas perguntas. A primeira, “O que você fez?”, será mais fácil de responder. À segunda, “Quem você se tornou?”, espero sinceramente responder “Alguém semelhante a ti”.
A. Lynn Scoresby, psicólogo e diretor do “Rocky Mountain Family Institute”, é professor da Escola Dominical na Ala 1 de Highland, Estaca Alpine, Utah.

Tempo que Foge

Tempo que foge! (Ricardo Gondim)
http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=1132

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.
Soli Deo Gloria

Acadêmicos Mórmons, Apologética e Negligência Evangélica: Perdendo a Batalha Sem Saber?

Acadêmicos Mórmons, Apologética e Negligência Evangélica: Perdendo a Batalha sem o saber?
Por Carl Mosser e Paul Owen http://www.cephasministry.com/mormon_apologetics_losing_battle.html
Este artigo foi publicado no Trinity Journal (Outono '98, p. 179 – 205). Nota: O Trinity Journal é um dos mais respeitáveis periódicos da comunidade evangélica mundial.
Gostaria de incluir este artigo aqui, pois é a opinião de dois eruditos evangélicos que estudaram o Mormonismo. Apesar de suas intenções principais são de despertar e chamar os evangélicos à batalha, eles reconhecem em suas conclusões de que “editores evangélicos precisam cessar de publicar trabalhos que são desinformados, enganosos ou de alguma maneira inadequados”, o que é um grande avanço no relacionamento inter-religioso e um ‘puxão de orelha’ naqueles que gostam de publicar acusações contra outras religiões as quais pejorativamente chamam de seitas (vou chamá-los nesta tradução de anti-sectários, acho que seria a melhor tradução para “anticultists”, do Inglês).
Carl Mosser é um recém graduado da Talbot School de Teologia em La Miranda, Califórnia, onde obteve seus mestrados em Teologia, Novo Testamento e Filosofia da Religião e Ética, Paul Owen é um candidato a Ph.D na Universidade de Edinburgh, Escócia, onde está estudando no departamento de linguagem do Novo Testamento, Literatura e Teologia.
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Estudos Acadêmicos Mórmons, Apologética, e Negligência Evangélica: Perdendo a Batalha sem o saber?
Carl Mosser e Paul Owen 1997 Encontro Anual da Sociedade Evangélica de Far West, 25 de Abril de 1997.
Introdução: A guerra espiritual é uma realidade. A batalha no reino da espiritualidade não é travada com canhões ou tanques à maneira do mundo. Esta é uma guerra de idéias pela mente dos homens. O apóstolo Paulo nos diz que as armas com que lutamos têm o poder divino para demolir tais barricadas. Dos Cristãos ele diz que, "nós demolimos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus" (II Cor. 10: 5). No entanto, para derrubar os argumentos infere-se que alguém precisa primeiro conhecer quais são esses argumentos. Este trabalho procura descrever os argumentos acadêmicos e apologéticos de um grupo, o que nós, como evangélicos, acreditamos, inibem o verdadeiro conhecimento de Deus. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mormonismo, tem, nos últimos anos, produzido um substancial conjunto de literatura defendendo suas crenças. Este trabalho não discute a completa amplitude defensiva e ofensiva erudita dos Santos dos Últimos Dias (SUD). Ao invés, focalizaremos nossa discussão sobre aquelas disciplinas que caem sob as vastas categorias dos estudos bíblicos e da História da Igreja. Escolhemos essas duas categorias por causa da importância que elas têm para se entender as origens cristãs e a natureza do cristianismo primitivo. Tanto o mormonismo quanto o evangelismo clamam ser a Igreja que Cristo fundou. Ambos clamam serem herdeiros da cristandade do Novo Testamento. Ambos não podem estar corretos. É então apropriado focalizar nestas disciplinas porque conhecer quais eram as práticas e crenças dos cristãos primitivos e se ou não a Igreja, que Cristo fundou, apostatou é o ponto central da discussão. Percebemos que todos, especialmente alguns no movimento contra-seitas (passarei a chamá-los de contra-sectários), não festejarão o que estamos dizendo. Alguns podem nos criticar por dar crédito demais aos mórmons e ser tão duros com nossos companheiros evangélicos. Todavia, mais semelhante a testificarmos contra um ente querido num tribunal, não podemos esconder os fatos desta questão. Nesta batalha os mórmons estão lutando valentemente. E quanto aos evangélicos? Parecem que estamos perdendo a batalha sem o saber. Mas esta é uma batalha que não podemos nos dar ao luxo de perder. É nossa mais profunda esperança que este trabalho venha, de alguma maneira, servir para despertar os membros da comunidade evangélica para a importante tarefa que têm à mão. Seção A: Mormonismo
I. Mitos Evangélicos e Cinco Conclusões:
Há muitos mitos evangélicos concernentes às publicações acadêmicas mórmons. O primeiro é que existem poucos, se é que existe algum, erudito mórmon tradicional com treinamento em campos pertinentes aos debates evangélico-mórmons. E argumento é falso. É um mito que quando mórmons recebem treinamento em historiografia, linguagens bíblicas, teologia e filosofia eles invariavelmente abandonam tradicionais crenças SUD da historicidade do Livro de Mórmon e no chamado profético de Joseph Smith. É um mito que mórmons liberais têm abalado os alicerces da fé SUD e que o mormonismo está caindo aos pedaços. È um mito que mórmons neo-ortodoxos têm influenciado a teologia de sua Igreja a tal ponto que ela logo abandonará ênfases tradicionais e seguirá um caminho similar ao da Igreja SUD Reorganizada ou da Igreja Mundial de Deus (ambas derivadas do mormonismo)1. Estes são mitos baseados na ignorância e na leitura seletiva. Os evangélicos responsáveis precisam abandonar esses mitos.
O título deste trabalho reflete cinco conclusões a que chegamos concernentes aos debates mórmon-evangélicos. O primeiro é que existem, contrário a popular percepção evangélica, legítimos eruditos mórmons. Usamos o termo "erudito" no seu sentido formal de "intelectual, especialista; habilitado em investigação intelectual; treinado em línguas antigas".2 De forma geral, os acadêmicos Mórmons podem ser divididos em quatro categorias: tradicionais, neo-ortodoxos, liberais e culturais. Estamos nos referindo ao maior e mais influente das quatro categorias – eruditos mórmons tradicionais. É fato que os Santos dos Últimos Dias não são um grupo antintelectual como as Testemunhas de Jeová. Os mórmons, ao contrário a grupos como as TJs, produzem trabalhos que possuem mais do que a mera aparência de erudição. A segunda conclusão a que chegamos é que eruditos mórmons e apologistas (nem todos os apologistas são eruditos) têm, com vários níveis de sucesso, respondido a maioria da usual crítica evangélica. Freqüentemente estas respostas adequadamente refutam críticas particulares (menores). Onde a crítica não tem sido refutada a questão tem usualmente assumido características muito mais complexas.
Uma terceira conclusão a que chegamos é que atualmente não existem, até onde estamos cientes, nenhum livro de perspectiva evangélica que interaja com escritos eruditos e apologéticos SUD contemporâneos.3 Numa pesquisa em vinte recentes publicações evangélicas criticando o mormonismo, descobrimos que nenhuma interage com este crescente conjunto de literatura. Apenas um punhado demonstra alguma ciência de trabalhos pertinentes. Muitos dos autores promovem críticas que há muito tempo já foram refutadas; alguns são sensacionalistas enquanto outros são simplesmente ridículos. Um grande número destes livros clama ser "o livro definitivo" sobre a questão. Que eles não realizam nenhuma tentativa de interagir com trabalhos acadêmicos SUD contemporâneos é um estigma sobre a integridade dos autores e leva alguém a se perguntar sobre sua credibilidade.
Nossa quarta conclusão é que no nível acadêmico, os evangélicos estão perdendo o debate com os mórmons. Estamos perdendo a batalha e não estamos percebendo. Nos anos recentes, a sofisticação e erudição da apologética SUD têm crescido consideravelmente enquanto as respostas evangélicas não.4 Aqueles com as habilidades necessárias para esta tarefa raramente demonstram um interesse nessas questões. Freqüentemente eles nem mesmo sabem que existe uma necessidade. Na maior parte isto se deve inteiramente à ignorância da existência de literatura relevante.
Finalmente, nossa quinta conclusão é que a maioria dos envolvidos nos movimentos contra-seitas possui falta de habilidade e o treinamento necessário para responder à apologética acadêmica mórmon. A necessidade é grande de eruditos evangélicos bíblicos, teólogos, filósofos e historiadores treinados para examinar e responder ao crescente corpo de literatura produzido por tradicionais apologistas e eruditos SUD.
II. Os Objetivos dos Trabalhos Acadêmicos Mórmons.
Percebemos que nossas cinco conclusões podem ser controversas. Não obstante, tendo lido uma imensa quantidade de literatura publicada (tanto de "fonte" SUD quanto não SUD) por intelectuais Santos dos Últimos Dias5; tendo lido uma grande quantidade de material apologético produzido pela Foundation for Ancient Research and Mormon Studies (FARMS), e tendo lido ou examinado a maioria dos trabalhos evangélicos sobre o mormonismo, achamos que nossas conclusões se justificam. A erudição dos escritores mórmons é em geral rigorosa. No mínimo seus trabalhos merecem um exame mais cuidadoso. Além do mais, tivemos muitas oportunidades de conversar com vários líderes acadêmicos SUD. No último verão, até passamos três dias na BYU (a universidade mórmon) assistindo a Conferência Internacional sobre os Pergaminhos do Mar Morto com o apoio da FARMS/BYU. Por causa de nossas oportunidades de interagir com eruditos SUD acreditamos que possamos (em parte) ver de onde eles vêm e onde estão aquartelados.
Então o que os eruditos apologistas SUD estão tentando provar? De que maneiras intelectualmente plausíveis estão eles apoiando seu sistema doutrinário e cânon de escrituras singulares? A maior parte deste trabalho é devotada a ilustrar a resposta a esta questão. Os objetivos mórmons são bem direcionados. Primeiramente, eles acreditam ser o Livro de Mórmon um texto antigo escrito por um povo de linhagem judaica. Um número de estudos tem sido feitos que tentam revelar técnicas literárias hebraicas, características lingüísticas, padrões culturais e outros marcadores que, argumentam, Joseph Smith não teria sido capaz de fabricar. Segundo, os Santos dos Últimos Dias acreditam que outros textos antigos foram restaurados através de Joseph Smith (e.g. os livros de Moisés e Abraão, na Pérola de Grande Valor).
Como resultado, eruditos mórmons têm mostrado grande interesse no estudo de Pseudoepígrafes do Velho Testamento, nos Pergaminhos do Mar Morto e nos textos de Nag Hammadi. O objetivo aqui é salientar características que estes antigos documentos compartilham com suas próprias literaturas sagradas. Em terceiro lugar, é uma convicção da Igreja SUD que o cristianismo primitivo sofreu uma apostasia substancial a partir do primeiro século até o fim do segundo século. Essa apostasia é usualmente igualada ao processo da helenização pós-apostólica. Sob esta teoria eles sustentam que as doutrinas originais da antiga Igreja não foram todas perdidas de uma só vez. Destarte Santos dos Últimos Dias têm tomado um interesse especial nas crenças e práticas da primitiva Igreja pós-apostólica. Atenção especial tem sido dada aos escritos dos Patriarcas Patrícios num esforço para demonstrar semelhanças com a prática e crença mórmon. Essas similaridades não são intencionadas a mostrar que os primitivos cristãos eram protomórmons, mas antes mostrar que remanescentes de crença verdadeiramente pré-helenizada permaneceram por um tempo após a apostasia. A esse respeito, acadêmicos Mórmons (junto com muitos eruditos não SUD) têm tomado grande interesse na "bifurcação dos caminhos" entre judaísmo e cristianismo.
III. Hugh Nibley: O Pai da Apologética Mórmon Erudita
Hugh Nibley é sem dúvida o pioneiro da erudição e apologética SUD. Desde que obteve seu Ph.D. na Universidade da Califórnia em Berkeley em 1939, Nibley tem produzido uma aparente infinidade corrente de livros e artigos cobrindo um impressionante e vasto conjunto dos assuntos relatados. Ora escrevendo sobre os Patrícios, Pergaminhos do Mar Morto, Apócrifos, cultura do Oriente Próximo ou Mormonismo, ele demonstra um impressionante domínio das linguagens originais (Dotado com uma mente brilhante, Nibley domina com maestria o Árabe, Grego, Hebreu, Latim, Alemão, Francês, Espanhol, Cóptico e Egípcio, dando-lhe ferramentas que muito poucos possuem para estudar os trabalhos patrícios), de textos primários e de literatura secundária. Ele estabeleceu um padrão que intelectuais SUD mais jovens conseguem seguir a duras penas. Não há espaço aqui para qualquer investigação exaustiva dos trabalhos de Nibley6. Devemos concordar com Truman Madsen, Professor Emérito de Filosofia e Religião da Universidade Brigham Young: "Para aqueles que o conhecem melhor, no mínimo, Hugh W. Nibley é um prodígio, um enigma, e um símbolo."7
Os poucos evangélicos que estão cientes de Hugh Nibley freqüentemente o dispensam como uma fraude ou como um pseudo-erudito. Aqueles que gostariam de rapidamente dispensar seus escritos fariam bem em ouvir o conselho de Madsen: "Críticos mal intencionados têm suspeitado ao longo dos anos que Nibley esteve jogando com suas fontes, escondendo-se atrás de suas notas de rodapé e lendo em antigas línguas que nenhum responsável jamais checaria. Infelizmente, poucos têm a habilidade necessária para fazer a verificação"8. A parte central do trabalho de Nibley tem permanecido incontestada pelos evangélicos apesar do fato que ele tem publicado material relevante desde 1946. A atitude de Nibley em relação aos evangélicos é: "Nós precisamos de mais livros antimórmons. Eles nos mantêm nas pontas dos pés".9
Sem dúvidas existem falhas no trabalho de Nibley, mas a maioria dos contra-sectários não possui as ferramentas para as demonstrarem. Poucos tentaram10. Está além do escopo deste trabalho criticar a metodologia de Nibley ou descrever o cerne de sua apologética.11 Quaisquer que sejam as falhas que possam existir em sua metodologia, Nibley é um erudito de alto calibre. Muitos dos seus mais importantes ensaios primeiramente apareceram em periódicos acadêmicos tais quais o "Revue de Qumran, Vigilae Christianae, Church History, e o Jewish Quartely Review.12 Nibley também tem recebido louvor de eruditos não SUD tais como Jacob Neusner, James Charlesworth, Cyrus Gordon, Raphael Patai e Jacob Milgrom.13 O ex-reitor da "Divinity School" de Harvard, George MacRae, certa vez lamentou enquanto ouviu-o palestrar, "É uma obscenidade para um homem conhecer tudo aquilo!”14 Nibley não tem trabalhado em um mosteiro. É assombroso que poucos eruditos evangélicos estejam cientes de seu trabalho. À luz do respeito que Nibley tem ganhado no mundo erudito não SUD é ainda mais assombroso que contra-sectários possam tão negligentemente dispensar seu trabalho.
Por muitos anos, Nibley pode ter sido o único erudito conservador de boa reputação do mormonismo. Todavia, devido à influência de Nibley como um professor motivador, hoje existem muitos mais. Durante os anos que Nibley lecionou na BYU muitos estudantes SUD seguiram o seu exemplo ao saírem para adquirir a formação acadêmica necessária a fim de ganhar uma audiência na comunidade acadêmica. Por exemplo, Stephen E. Robinson foi para a Universidade Duke para obter um Ph.D em Estudos Bíblicos sob a tutela de W.D. Davies e James Charlesworth.15 Outros seguiram em diferentes direções: S. Kent Brown obteve um doutorado da Universidade Brown, focalizando sua pesquisa nos textos de Nag Hamadi; C. Wilfred Griggs recebeu um Ph.D. em história antiga pela Universidade da Califórnia em Berkeley e é especialista em Cristandade Egípcia antiga;16 sob a supervisão de David Noel Freedman e Frank Moore Cross, Kent P. Jackson obteve um doutorado em estudos do Oriente Próximo pela Universidade de Michigan após completar sua dissertação sobre o idioma amonita;17 Avraham Gileadi obteve seu Ph.D com R. K. Harrison tendo-o como primeiro leitor de sua dissertação concernente a estrutura literária de Isaías;18 Stephen D. Ricks completou o doutorado em Religiões do Oriente Próximo da Universidade de Berkeley, Califórnia e União Teológica Graduada sob a orientação de Jacob Milgrom;19 Donald W. Parry recebeu seu Ph.D em Hebraico em conjunto com a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade de Utah; John Gee está atualmente completando o Ph.D em Egiptologia na Universidade Yale (já completou). Muitos mais exemplos de eruditos mórmons com idênticas credenciais poderiam ser alistados. Atualmente uma outra tropa de tradicionais intelectuais mórmons, em parte patrocinados pelos colegas de Hugh Nibley da FARMS, está obtendo graus elevados de estudos em Oxford, Duke, Claremont, UCLA, Universidade da Carolina do Norte – Chapel Hill, Universidade Católica da América e em outros lugares. Seus campos de estudo são bastante relevantes: Novo Testamento, Siríaco, Cristandade Primitiva, culturas e linguagens do Oriente Próximo e outras disciplinas. A significância destes fatos é simples: os mórmons possuem o treinamento e habilidades para produzirem robustas defesas de sua fé.
IV. O Livro de Mórmon: Um texto Antigo?
A crescente sofisticação da apologética erudita SUD é vista claramente nas suas pesquisas relacionadas ao Livro de Mórmon. Não apenas eles utilizam estudos acadêmicos para defender o Livro contra críticas comuns, mas também estão tentando colocá-lo e adequá-lo dentro de um contexto antigo do Oriente Próximo. Ë tese deles de que o Livro de Mórmon reflete a cultura, linguagem e costumes de antigos povos semitas. Esta reflexão é vista não apenas na linha principal da história, mas também de maneiras sutis e importantes as quais, argumentam, Joseph Smith (ou qualquer outra pessoa vivendo no século dezenove) não poderia ter absorvido da Bíblia.
Por exemplo, Paul Y. Hoskisson (Professor Assistente de Escritura Antiga na BYU) escreveu um importante trabalho intitulado, “Evidências Textuais para o Livro de Mórmon”20. Hoskisson começa seu estudo apontando: "A fim de que o material do Livro de Mórmon seja evidência suficiente para um "vorlage" do Oriente Próximo, conforme estou utilizando adequadamente o termo aqui, precisa ser demonstrado que o material do texto é de uma antiguidade do Oriente Próximo e que isto não estava disponível para Joseph Smith.”21 O ponto a ser demonstrado é que enquanto certas características do texto pudessem ser explicadas como indicar de uma origem no antigo Oriente Próximo, nem todas as evidências qualificariam como provas suficientes. Vemos então um erudito SUD tentando estabelecer algum controle metodológico para o que constitui “prova” no debate do Livro de Mórmon. O primeiro item de evidência examinada relaciona-se com a declaração, “suas almas se expandiram” em Alma 5:9. No contexto o significado parece aproximar-se de “eles ficaram contentes,” à luz do paralelismo estrutural com a frase ‘e cantaram o amor que redime’ para celebrar sua liberdade”.22 Hoskisson indica que a Bíblia do Rei Jaime não usa a palavra alma em conjunção com expandir, embora o Livro de Mórmon fale também da alma dilatar-se e inchar-se em Alma 32:28 e 34 (respectivamente). Ele acrescenta: "Esta frase parece incomum. Por que deveria uma alma expandir-se? Se esta frase é única no Inglês do Livro de Mórmon, poderia a frase refletir um antigo padrão do Oriente Próximo ao invés de ter suas origens no Inglês?"23 Após indicar uma falta de evidência para esta frase em qualquer extensão de fonte Inglesa pré-1830, ele segue para apontar exemplos dessa metáfora em fontes Ugaríticas e Acadianas. Todavia, esta não é caracterizada completamente como uma evidência suficiente, pois a frase "expandir a alma" ocorre em alemão, e o inglês pertence às línguas do grupo Germânico. Hoskisson admite: “Portanto, embora a frase ‘expandir a alma’ não ocorra em qualquer texto Inglês pré-1830 prontamente disponível, e embora seja uma autêntica frase semítica do Oriente Próximo, uma vez que ela é atestada em alemão, devemos concluir que a frase ‘suas almas se expandiram’ é antes uma melhor evidência necessária para um autêntico padrão semítico do Oriente Próximo para o Livro de Mórmon, mas não é evidência suficiente”24.
Seguindo essa discussão, Hoskisson providencia três exemplos de evidências que ele acha serem “suficientes”: 1) o repetido uso do cognato acusativo no Livro de Mórmon (e.g. 2 Néfi 5:15; Mosías 9:8; 11:13; 23:5); 2) A ocorrência do nome judeu Alma numa transação de terra encontrada em Nahal Hever, datando do tempo da revolta de Bar-Kochba;25 e, 3) o conceito das águas oceânicas como sendo as fontes dos rios, o que é típico do antigo pensamento do Oriente Próximo, e ocorre em I Néfi 2:9. Um segundo estudo em que gostaríamos de dar uma olhada foi realizado por C. Wilfred Griggs (Professor Associado de Clássicos, História e Escritura Antiga e diretor de Estudos Antigos da Universidade Brigham Young). Seu trabalho é intitulado, "O Livro de Mórmon como Livro Antigo".26 Ele começa o estudo lançando um desafio aos críticos do Livro de Mórmon: "Ele declara ser um livro antigo, e ele precisa ser examinado e criticado nos termos em que declara...Desde que ninguém poderia dentro do possível inventar uma obra do tamanho do Livro de Mórmon que representasse acuradamente uma antiga sociedade do Oriente Próximo..., sujeitar o livro ao teste de integridade histórica seria uma tarefa bem fácil para qualquer especialista nela se engajar"27 Griggs continua com uma reclamação que, poderíamos concordar, é de alguma forma justificável: "É esta dimensão de crítica histórica, no entanto, que tem sido negligenciada nas tentativas de estabelecer o livro como uma fraude"28 Como exemplo de algum paralelo ao Livro de Mórmon, Griggs indica a descoberta em 1958 por Morton Smith da carta atribuída a Clemente de Alexandria a um certo Teodoro. O conteúdo desta carta era previamente desconhecido do mundo acadêmico, e não há nenhuma menção de Teodoro em quaisquer dos extensos escritos de Clemente. A data da cópia, que foi descoberta no monastério de Mar Saba, perto de Jerusalém, foi facilmente estabelecida como próxima de 1750. Todavia, após um estudo detalhado deste documento com outras antigas fontes, Morton Smith concluiu que era verdadeiramente uma carta autêntica de Clemente. Griggs comenta: "Se um texto de duas páginas e meia podem licitar 450 páginas (a extensão do estudo de Morton Smith) de análise e comentário numa tentativa de determinar sua autenticidade, não se esperaria menos a partir do mundo erudito no caso do Livro de Mórmon".29
Griggs vai adiante examinando o sonho da Árvore da Vida registrado em I Néfi 8-15 tendo como fundo o panorama de textos mediterrâneos que datam aproximadamente do tempo de Leí (século VI aC). Sua discussão menciona numerosos exemplos de textos religiosos e mágicos escritos em tabuletas de ouro, prata e bronze. De interesse particular são as tão chamadas "placas de ouro órficas" que datam aproximadamente do quinto século aC e que têm sido encontradas em áreas esparsas como Itália, Grécia e Creta.30 Eruditos concordam que essas placas de ouro demonstram influência estrangeira, mas não chegaram a um consenso quanto ao que foi tal influência. Griggs, entretanto, observa: "A influência foi certamente do antigo Oriente Próximo, mesmo que não exista nenhum acordo sobre onde as idéias foram originalmente encontradas"31. Tendo percebido isso, o restante do exame envolve uma comparação dos rituais conectados com essas placas aos materiais no Livro Egípcio dos Mortos e do sonho de Leí no Livro de Mórmon, a mais possível e plausível explicação para as características internas compartilhadas pelo Livro de Mórmon de que o Egito do sétimo/sexto século aC é o lugar comum de coalizão para as duas tradições".32
Não há espaço aqui para um estudo detalhado de exemplos adicionais de defesa erudita do Livro de Mórmon, mas existem muitos mais que realmente merecem atenção. John Welch (professor de Hebraico na BYU e membro da Equipe Internacional de Edição dos Pergaminhos do Mar Morto) publicou um estudo exaustivo sobre estruturas poéticas hebraicas no texto do Livro de Mórmon.34 Roger R. Kelleer, ex-ministro presbiteriano armado com um Ph.D em Estudos Bíblicos pela Universidade Duke, escreveu uma monografia argüindo sobre as bases de usos distintos de palavras segundo as quais o Livro de Mórmon não pode ser um produto de um simples autor do século dezenove, mas antes é um produto de vários escritores antigos.35 John Tvedtness, gerente sênior de projetos da FARMS, escreveu estudos técnicos sobre hebraísmos e variantes de Isaías no Livro de Mórmon.36 Vários estudos envolvendo análise de estrutura literária crítica também requerem alguma atenção. Stephen D. Ricks, Professor de hebraico e linguagens semíticas na BYU, escreveu um artigo detalhado discorrendo sobre a coroação do Rei Benjamim em Mosías 1-6 tendo como cenário um tratado de literatura do antigo Oriente Próximo.37 Blake T. Ostler examinou o relato da visão de Leí em I Néfi 1 comparando-o ao cenário das "formas literárias de um chamado" em teofanias similares na Bíblia hebraica e Pseudoepígrafe do Velho Testamento.38 Existem muito outros exemplos que poderiam ser mencionados, mas isto deve ser suficiente para demonstrar que os acadêmicos SUD estão produzindo pesquisa séria que necessita muito de ser criticamente examinada de uma perspectiva evangélica bem fundamentada.
V. Os Pergaminhos do Mar Morto, Pseudoepígrafes e a Pérola de Grande Valor.
Eruditos bíblicos estão bem cientes do impacto que as descobertas de Qumran e vizinhanças adjacentes têm tido nos estudos tanto do Novo quanto do Velho Testamento.39. Os Pergaminhos do Mar Morto têm grandemente intensificado nossa compreensão da crítica textual do Velho Testamento, bases primárias Aramaicas para o Novo Testamento e a complexidade de vários judaísmos que existiram na Palestina do primeiro século. É impossível negar a importância da pesquisa sobre os Pergaminhos do Mar Morto para a nossa compreensão da Bíblia.
Recentemente, eruditos mórmons têm aparecido no front de pesquisa dos Pergaminhos do Mar Morto. A FARMS e a BYU regularmente dão apoio a conferências internacionais sobre os Pergaminhos em Israel ou nos EUA freqüentadas por eruditos de renome mundial. Pelo menos cinco [sic] santos dos últimos dias estão na Equipe Internacional de Edição dos Pergaminhos do Mar Morto comandadas por Emmanuel Tov,40 O trabalho de santos dos últimos dias sobre os Pergaminhos é prontamente aceito pela grande comunidade acadêmica e eles são freqüentemente requisitados para colaborar, contribuir ou editar livros com eruditos não SUD.41 O interesse mórmon nos pergaminhos não está limitado à mera curiosidade. Eles usam o fruto de suas pesquisas para promover sua fé.42 Os mórmons demonstram grande interesse nos pergaminhos por diversas razões. A principal entre estas é que desejam apoiar um retrato da cristandade primitiva a qual é firmemente arraigada num judaísmo apocalíptico. Nibley escreve que “esta tradição comum não era aquela do judaísmo convencional, muito menos da filosofia helenística; era a tradição antiga dos poucos justos que fugiam para o deserto com suas esposas e filhos para se prepararem para a vinda do Senhor e escapar de perseguição pelas mãos da religião oficial”.43 Nibley sente que há uma linha de continuidade entre os sectários do deserto, representados por Leí e sua família (cf. I Néfi 2), a comunidade de Qumran, a cristandade primitiva e o gnosticismo do segundo século. O argumento que está sendo colocado não é o de que os essênios de Qumran fossem protomórmons, mas simplesmente de que o mormonismo tem mais em comum com o sistema apocalíptico de crença de Qumran do que com aquele da cristandade helenizada. Nibley continua: “Agora com a descoberta e admissão da existência de expressões típicas do Novo Testamento, doutrinas e ordenanças bem anteriores ao tempo de Cristo, este antigo e efetivo argumento contra o Livro de Mórmon entra em colapso”44 Em outro lugar ele indica dez paralelos entre a literatura de Qumran e o Livro de Mórmon. O décimo exemplo é dado conforme segue: “Pela primeira vez, agora aprendemos do antigo contexto judaico (1) da linguagem teológica do Novo Testamento e dos apócrifos cristãos, (2) suas doutrinas escatológicas, e (3) suas instituições litúrgicas e organizacionais. Todas as três recebem sua completa exposição em 3 Néfi, onde o próprio Messias vem e organiza sua Igreja nos alicerces já deixados para isto”.45 Nibley não está sozinho ao indicar paralelos entre os textos de Qumran e escrituras mórmons. William J. Hamblin reclama que “os críticos [do mormonismo] nunca explicaram por que encontramos paralelos lingüísticos e literários próximos entre a figura de Mahujah nos fragmentos Aramaicos dos Pergaminhos do Mar Morto sobre o livro de Enoque e Mahijah questionando Enoque no Livro de Moisés (Moisés 6:40)”.46 Sua comunidade era liderada por um conselho de doze homens com três sacerdotes governantes, eles possuíam refeições sagradas do pão e vinho administradas pelos sacerdotes,49 e eles acreditavam em revelação contínua através de um líder profético. Ele escreve, “Tudo isto guia-nos à conclusão de que de muitas maneiras os essênios podem ter estado mais perto do evangelho [mórmon] do que outros grupos judaicos”.50. Como defesas do Livro de Mórmon, mais exemplos poderiam ser listados. À luz da crescente participação de eruditos SUD na pesquisa dos pergaminhos, podemos ter certeza de que muito mais será trazido à nossa atenção.
Eruditos mórmons têm tido também um interesse nas pseudoepígrafes do Velho Testamento. Seu envolvimento nos estudos das pseudoepígrafes pode ser visto em dois volumes de Pseudoepígrafes do Velho Testamento, editado por James H. Charlesworth.51 O pivô deste trabalho declara: "Eruditos, estudantes da Bíblia, profissionais de todos os grupos religiosos e denominações, e clérigos – na verdade, todos aqueles que podem ser identificados como 'Povo do Livro,' [Velho Testamento] cristãos, judeus, mórmons e muçulmanos – estarão interessados nessas traduções"52. O prefácio do editor contém um agradecimento ao Centro de Estudos Religiosos da Universidade Brigham Young pelo financiamento parcial do projeto. Stephen E. Robinson, aluno de Charlesworth, foi responsável pela tradução e comentário do Apócrifo de Ezequiel, do Testamento de Adão e de IV Baruque53.
Onde o interesse SUD nos Pergaminhos do Mar Morto está primariamente relacionado ao desejo de arraigar o cristianismo primitivo no solo do judaísmo apocalíptico as pseudo-epígrafes oferecem pontos mais específicos de contato entre escrituras SUD e várias fontes antigas. Os mórmons não estão, no geral, tentando dizer que existe uma relação literária genética entre estes textos, mas antes que há significantes paralelos conceituais que apontam para um antigo contexto histórico para o Livro de Mórmon e para a Pérola de Grande Valor.
Em um painel de discussões uma questão foi levantada concernente a conexões entre escrituras mórmons e antigas fontes tais como os Manuscritos do Mar Morto, as Pseudoepígrafes e os textos de Nag Hamadi. Em resposta, S. Kent Brown apontou para duas áreas principais. Primeiro, existem pontos de contato a respeito de personagens chaves específicos. Adão (Moisés 6:45-68; cf. fragmentos da Vida dos Gigantes, e os livros etíopes, eslavos e hebreus sobre Enoque), Melquisedeque (Alma 13:14-19; cf. 11Q Melquisedeque e com a obra de Melquisedeque de Nag Hammadi), Abraão (Livro de Abraão; cf. O Testamento de Abraão e Apocalipse de Abraão) e José (2 Néfi 3:5-21; cf. Testamento de José). Em segundo lugar, existem paralelos em termos de temas chaves tais como o relato da Criação (Moisés 3:21 – 5:21; cf. 4 Esdras 6:38-54 e o Gnóstico, 'Sobre a Origem do Mundo e a Hipóstase dos Arcontes'), a noção de uma existência pré-mortal das almas (Abraão 3:18-28; cf. o Apócrifo de Tiago e o Evangelho de Tomé, dito 4), e uma idéia de uma restauração escatológica seguindo um período de apostasia (cf. O Apocalipse de Pedro na biblioteca de Nag Hammadi).54
O espaço não permite uma extensa discussão do uso SUD das pseudoepígrafes do Velho testamento, dos Apócrifos do Novo Testamento e dos textos de Nag Hammadi55. Todavia, vários estudos merecem menção. Hugh Nibley num trabalho do tamanho de um livro sobre a literatura existente de Enoque56. Stephen E. Robinson, em um artigo muito sério, menciona vários pontos interessantes: o uso evidente de Paulo da Sabedoria de Salomão, que ensina sobre a existência pré-mortal das almas (8:19 ff.) e sobre a criação do mundo a partir de matéria não organizada (11:17); a Narrativa de Zózimo (também conhecida como a História dos Recabitas) a qual contém uma interessante tradição sobre judeus deixando Jerusalém no tempo de Jeremias, e viajando através do oceano para uma terra prometida;57 o Testamento de Adão (3:1-5), que contém um relato semelhante ao que se encontra em Doutrina e Convênios 107:53-56; e o Evangelho de Filipe que descreve um rito de iniciação de três estágios, que correspondem às três câmaras do templo de Jerusalém58. Em outro estudo interessante, S. Kent Brown compara os títulos Homem de Santidade e Homem do Conselho em Moisés 6:57 e 7:35 com material na Bíblia hebraica e dois documentos posteriores, Eugnostos, o Abençoado e A Sofia de Jesus Cristo.59
Os escritores SUD não estão sozinhos em notar os vários paralelos entre esses textos antigos e a literatura mórmon. James H. Charlesworth, em uma palestra proferida na Univerdade Brigham Young, intitulada "Messianismo nas Pseudoepígrafes e no Livro de Mórmon", aponta para o que ele descreve como "paralelos importantes... que merecem um exame cuidadoso". Ele cita exemplos de II Baruque, IV Esdras, Salmos de Salomão e o Testamento de Adão.60 Se a autoridade líder mundial em escritos pseudoepígrafos acha que tais exemplos merecem "cuidadoso exame," deve ser sábio para os evangélicos começarem a fazer alguns exames. George Nickelsburg têm também percebido um paralelo mais interessante entre o qumrâmico Livro dos Gigantes e o Livro SUD de Moisés na Pérola de Grande Valor.61 Harold Bloom da Universidade Yale ficou perplexo em como explicar os muitos paralelos entre os escritos de Joseph Smith e antiga literatura apocalíptica, pseudoepígrafa e cabalística. Ele escreve, "O gênio religioso de Smith sempre se manifestava através do que pode ser chamado de acuidade carismática, seu senso real de relevância que governava paralelos bíblicos e mórmons. Posso apenas atribuir ao seu gênio ou daemon sua fantástica recuperação de elementos da antiga teurgia judaica que haviam desaparecido do judaísmo e cristianismo normativo, e que apenas havia sobrevivido em tradições esotéricas improváveis de terem tocado Smith diretamente".62
VI. Mormonismo e Cristandade Primitiva: Evidência de uma Apostasia?
É um princípio central do mormonismo que a Igreja Original estabelecida por Cristo apostatou. Eruditos santos dos últimos dias (entre outros) sustentam que a Igreja do período pós-apostólico difere substancialmente da cristandade mais primitiva. Nisto os eruditos mórmons têm, em grande parte, adotado os pareceres de Adolph Harnack e Walter Bauer63. O espírito de apostasia e a crescente influência da helenização contribuíram para um declínio espiritual e doutrinário no segundo e terceiro séculos. De acordo com essa tese, o resultado foi que a cristandade original, arraigada no judaísmo apocalíptico, foi transformada numa mistura sintética de "cristandade" e filosofia pagã platônica. O processo de helenização foi tão severo que literalmente matou a religião fundada por Cristo e a substituiu por alguma outra coisa. Stephen E. Robinson sumariza essa visão quando escreve: “Essencialmente, o que aconteceu é que temos boas fontes para a cristandade do Novo Testamento (os próprios documentos do Novo Testamento); então as luzes se apagam (isto é, temos muito poucas fontes históricas), e na escuridão ouvimos os sons surdos de uma grande luta. Quando as luzes se acendem novamente mais ou menos uns cem anos depois, descobrimos que alguém rearranjou toda a mobília e que a cristandade é alguma coisa muito diferente daquilo que foi no princípio. Aquela entidade diferente pode ser acuradamente descrita pelo termo cristandade helenizada.64
Os mórmons têm produzido vários estudos nesta área65. Como sempre, Hugh Nibley liderou o caminho.66 Ele começou com um livro publicado sob o título, O Mundo e os Profetas. Esse livro é a transcrição editada de uma série de palestras originalmente divulgadas para uma rádio de audiência SUD entre 7 de março e 17 de outubro de 1954, intitulado, "O Tempo Justifica os Profetas".67 Nesse livro, de acordo com o prefácio por R. Douglas Phillips, Nibley "descreve com grande clareza o processo pelo qual a Igreja passou de uma organização com profetas inspirados para uma outra instituição totalmente diferente e estranha construída sobre a sabedoria dos homens. Ele mostrou como profetas foram substituídos por eruditos, revelações por filosofia, prédica inspirada pela retórica".68. O que quer que seja que alguém possa pensar sobre as conclusões de Nibley, a amplitude de conhecimento mostrada nessas palestras é, francamente, intimidadora. Nelas ele discorre centenas de passagens de Papia, Clemente, Ignácio, Ireneu, Clemente de Alexandria, Origines, Atanásio, Agostinho e Crisóstomo (entre outros) no estilo clássico de Nybley com todas as referências pessoalmente traduzidas a partir dos originais latinos e gregos.
Intelectuais mórmons não confinam sua reconstrução da história da cristandade primitiva ao público SUD. Em uma tentativa de alcançar uma audiência acadêmica mais vasta, C. Wilfred Griggs publicou uma história da extensão de um livro sobre a cristandade egípcia antiga com E.J. Brill.69. Devido a sua freqüente listagem bibliográfica em referências de livros sobre a História da Igreja, parece que a obra de Griggs tem sido recebida favoravelmente.70 Embora de nenhuma maneira seja uma apologética explícita do mormonismo, esse livro empresta muito apoio à tese SUD. Nele, ele argumenta que a cristandade mais antiga, conforme foi introduzida no Egito no primeiro século, não foi da mesma espécie que foi posteriormente identificada como "ortodoxa". Griggs declara que "uma bifurcação radical da cristandade em ortodoxia e heresia não pode ser mostrada como tendo existido no Egito durante os primeiros dois séculos".71 Seu estudo de muitos papiros gnósticos e cristãos primitivos encontrados no Egito durante os últimos cento e cinqüenta anos levam Griggs a concordar com a tese principal de Bauer.72 Isto é, certas manifestações da cristandade que a Igreja posteriormente renunciou como heresias "originalmente não tinham de modo algum sido assim caracterizadas, mas ao menos aqui e ali, eram apenas a forma da nova religião – isto é, para aquelas regiões elas eram simplesmente 'cristianismo'".73. O que heresiologistas posteriores como Irineu identificaram, como "gnosticismo" no Egito era simplesmente "cristianismo" para os egípcios.74.
Griggs retrata uma versão da cristandade primitiva bastante diferente do nascente catolicismo que mais tarde desenvolveu-se em “ortodoxia”. Essa versão tem uma tradição literária mais extensa, tendências teológicas mais abrangentes, e mais prática de ritual esotérico.75. Ele sustenta que a evidência arqueológica aponta para uma versão da cristandade “baseada numa tradição literária abrangendo tanto obras canônicas como não-canônicas (ambas as categorias são nomeadas como tais aqui à luz de seu último status conforme definido pela tradição católica)... Cristãos egípcios realmente aceitavam a tradição literária apocalíptica tão notavelmente rejeitada pela Igreja Ocidental, especialmente no que se refere aos textos do Ministério da Ressurreição, mas não às custas da tradição dos evangelhos e das epístolas da emergente Igreja Católica”.76 Essa versão da cristandade vicejava no vale do Nilo por longo tempo77. Seu crepúsculo começou no fim do segundo século com o Bispo de Alexandria sendo influenciado por ‘Ireneu Contra as Heresias’. O Bispo e seus sucessores, em busca de prestígio, cada vez mais se alinharam com os poderosos episcopais “ortodoxos”. Como o poder do episcopado alexandrino se estendia sobre uma maior área geográfica, a forma original apocalíptica de cristandade foi paulatinamente condenada como herética. Quando os bispos alexandrinos finalmente obtiveram poderes eclesiásticos por todo o Egito, versões rivais da cristandade foram sistematicamente eliminadas.78 A correspondência com a doutrina SUD da apostasia deve ser óbvia.79 Tão bem quanto argüindo sobre uma radical helenização da cristandade, eruditos SUD encontram muitos paralelos entre o cristianismo primitivo e as doutrinas e práticas SUD específicas.80 Por exemplo, Willian J. Hamblin escreveu um detalhado estudo comparando cerimônias de investiduras dos templos dos Santos dos Últimos Dias com materiais conhecidos a partir de certas fontes gnósticas e do chamado Evangelho Secreto de Marcos. Hamblin argumenta, em concordância com Morton Smith, John Dominic Crossan e Hans-Martin Schenke, que o Evangelho Secreto de Marcos preserva material que pré-data ao canônico Marcos. Hamblin nota: “Antes da recente descoberta da carta de Clemente, sustentavam eruditos modernos que os teólogos da cristandade alexandrina foram influenciados por conceitos helenísticos e gnósticos. A nova carta de Clemente mostra que os Grandes Mistérios e Ensinamento de Hierofante não foram copiados pelos alexandrinos a partir dos gnósticos ou dos gregos pagãos, mas, conforme mantido por Shenke, faziam parte das mais antigas idéias e práticas da cristandade alexandrina”.81 Ele passa daí para uma discussão de ritos esotéricos que conhecemos a partir da biblioteca de Nag Hammadi e dos escritos de Irineu, notando doze paralelos com a investidura do templo SUD os quais ele sente serem significantes.82
Um outro exemplo vem do artigo de David L. Paulsen na Revista Teológica de Harvard intitulado, "Antiga Crença Cristã numa Deidade Corporal: Orígenes e Agostinho como Testemunhas Relutantes". O estudo de Paulsen começa apelando para Harnack como apoio ao ponto de vista de que a Igreja do segundo século substituiu o Deus pessoal da Bíblia por uma deidade incorpórea devido a influência do platonismo. Paulsen escreve, “Harnack identifica várias fontes de crença cristã primitiva em um Deus corporificado, incluindo idéias religiosas populares, metafísico-estóicas, e ditados do Velho Testamento, literalmente compreendidos... .Mas sem dúvida os escritos bíblicos contribuem mais significativamente para um corporealismo dos cristãos primitivos; pois para eles deus é descrito em termos decididamente antropomórficos”. O restante do artigo de Paulsen contém uma discussão de certos escritos polêmicos de Orígenes e passagens de Agostinho que indicam que era comum aos cristãos do seu tempo visualizarem Deus como uma deidade corporificada (embora Orígenes e Agostinho não o vissem assim).83
VII. Onde está a Bíblia?
Em resposta aos tópicos que temos estado discutindo alguém pode fazer a asserção de que eles são simplesmente irrelevantes para a questão em pauta. Afinal, se os mórmons não podem sustentar suas crenças na Bíblia não importa se eles encontram ou não apoio para elas entre os Pergaminhos do Mar Morto (PMM), pseudoepígrafes ou história da Igreja. Sem a Bíblia não importa se eles estão usando seus conhecimentos em história do Oriente Próximo, culturas e linguagens para defender um possível cenário de fundo do Oriente Próximo para o Livro de Mórmon. Nós concordamos que há verdade nesta objeção. Mas, as questões não são tão simples e não podem ser dispensadas desta maneira.
Uma das questões fundamentais debatidas por evangélicos e mórmons é sobre a própria interpretação da Bíblia. Ambos os partidos clamam que a Bíblia é a Palavra de Deus. Ambos clamam acreditar em cada verso da Bíblia8.4 Ambos os partidos clamam apoio bíblico para sua religião. Então, teoricamente, a maior parte do debate poderia ser resolvida por um apelo à Bíblia. Mas antes que isso pudesse ser feito deveria haver concordância nas regras básicas da hermenêutica. Parece em grande parte que evangélicos e mórmons estão de acordo em que a Bíblia deveria ser interpretada de acordo com o seu senso gramático-histórico. Escrevendo sobre as similaridades da visão evangélica e SUD sobre a natureza das escrituras, Stephen E. Robinson diz, “Nós [SUD] tomamos as escrituras como literalmente verdadeiras, e mantemos o simbólico, figurativo ou a interpretação alegórica ao mínimo, aceitando os eventos miraculosos como históricos e os ensinamentos morais e éticos como comprometedores e válidos”.85. Essa declaração é muito próxima da Declaração de Chicago em Hermenêutica Bíblica.86 A questão então não é de metodologia.
Logicamente então, o que precisa ser estabelecido nos diálogos mórmon-evangélicos é o contexto histórico-cultural em que os textos bíblicos foram escritos. Isto é exatamente o que os mórmons estão fazendo em seus estudos dos Pergaminhos do Mar Morto, das pseudoepígrafes e das origens do cristianismo. Eles estão construindo a superestrutura contextual necessária para uma própria interpretação da Bíblia, particularmente irão, se falhas não forem demonstradas, garantir uma interpretação do Novo Testamento que se baseia vantajosamente, tanto histórica quanto culturalmente, na teologia evangélica.
Embora a maior parte da energia esteja sendo aplicada ao estudo dessas outras áreas, os mórmons não negligenciaram estudos bíblicos apropriados. Um exemplo que deveria fazer eruditos evangélicos do Velho Testamento cientes dos seus colegas SUD foi a obra escrita em honra de R. K. Harrison. Produzido em 1988 por uma casa de publicação evangélica, “Apostasia de Israel e Restauração” contém vários trabalhos de vários líderes eruditos evangélicos assim como três trabalhos escritos por mórmons (entre outros). O volume foi editado por nenhum outro senão Avraham Gileadi.87 E como a erudição dos autores SUD se saiu em comparação? O trabalho deles não é de forma alguma inferior.88 De fato, pelo menos um teólogo evangélico citou em concordância com esses trabalhos em seus próprios escritos.89 Isso nos chama atenção de que estranhamente nenhum erudito evangélico pensou que fosse esquisito para mórmons editarem e contribuírem para esse livro. Parece-nos que alguém teria investigado para ver se esses mórmons estiveram usando suas habilidades em defesa de sua fé. Como foi feito nesse mesmo livro, realmente apóia, de maneira bem sutil o mormonismo. Primeiramente, todos os três ensaios SUD emprestam apoio a algum aspecto da teologia SUD.90 Em segundo lugar, o tema do livro e seu título refletem a crença mórmon de que a história humana é uma série de apostasias e restaurações da verdadeira fé (a última sendo a Restauração da Igreja por Joseph Smith).
Parece que há uma infundada pressuposição entre evangélicos de que não existe nenhum respeitável erudito bíblico SUD. Isso freqüentemente cega as pessoas de perceberem o trabalho que os eruditos SUD tem realizado. Ainda, assim, como os teólogos acima mencionados, os evangélicos citam eruditos mórmons como suporte, mais do que pensam. Isso não quer dizer que a prática per se esteja errada (não está), ou de que eruditos mórmons não possam algumas vezes salientar pontos válidos. (Há uma analogia aqui com citações evangélicas de liberais eruditos católicos e judeus). O ponto a que queremos chegar é: é inconsistente para evangélicos insistirem em que grupos heterodoxos, como os mórmons, não possuam nenhum erudito bíblico, e então se utilizarem desses mesmos eruditos cuja existência eles negam.91
Assim como o Livro de Mórmon, a PMM e as pseudoepígrafes, poderíamos descrever vários exemplos de trabalhos bíblicos acadêmicos SUD, mas o espaço não permite. Em um tratamento completo do assunto, poderíamos descrever, em adição ao dito acima, o trabalho SUD que tem sido feito sobre lei hebraica,92 estruturas quiásticas, 93 o papel da mágica no Velho Testamento, 94 a unidade de Isaías, 95 teologia Paulina 96 assim como outros97. É suficiente dizer que eruditos SUD não procuram participar da ingênua prova de escrituras que caracteriza a média do missionário mórmon ou dos membros leigos.
Secção B: Evangelismo
1. Onde Estão os Evangélicos?
Esperamos, a esta altura, que tenhamos conseguido convencer alguns de nossos leitores de que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está atualmente produzindo um robusto material apologético para suas crenças. Seus eruditos são qualificados, ambiciosos e prolíficos. O que estamos fazendo em resposta? O silêncio tem se tornado ensurdecedor. E está ficando cada vez mais alto. As únicas duas tentativas significantes (tirando os Tanners) são um artigo por James White e um livro recente por Dr. John Ankerberg e John Weldon.
O artigo de James White, "Sobre Cidades e Espadas: A Tarefa Impossível da Apologética Mórmon" foi uma tentativa de apresentar aos evangélicos a apologética SUD, o trabalho da FARMS, e, no processo, criticar o grupo.99 Esse artigo é falho em todos os três pontos. Ele não descreve acuradamente o trabalho da FARMS ou dos acadêmicos SUD em geral. Ele passa aos leitores a impressão errada de que sua pesquisa não é respeitada na vasta comunidade acadêmica. Acreditamos que conseguimos demonstrar que simplesmente esse não é o caso. Sua tentativa crítica apanha dois dos mais fracos exemplos. Não apenas ele escolhe exemplos fracos, e nem mesmo dá a esses uma crítica adequada. Isto nada mais é do que argumentação do "espantalho" (Nota: "Straw-man Phalacy", Falácia do espantalho, que são silogismos lógicos em que alguém estabelece um ponto crítico e apanha frases isoladas de seu oponente para justificar sua premissa, ignorando todo o resto do argumento de seu oponente que não sustente sua tese).
O livro de John Ankerberg e John Weldon, "Por Trás da Máscara do Mormonismo; De seus Primitivos Esquemas até Suas Modernas Decepções", é de longe pior.100 Temos lido uma grande quantidade de literatura evangélica sobre o assunto. Esse livro, segundo nossa estimativa, está entre as mais horríveis, mais não-cristãs e enganosas polêmicas impressas. O autor constantemente menospreza seus oponentes – sempre questionando tanto sua inteligência quanto sua integridade. Particularmente frustrante é o apêndice, que foi adicionado à edição atual. Eles acusam os mórmons de não estarem dispostos "a considerar os fatos teológicos estabelecidos, textuais, históricos e arqueológicos que permeiam o mormonismo e o cristianismo”.101 O problema de fato é que nossos irmãos evangélicos é que mostram neste livro sua própria indisposição de dar qualquer consideração a tais questões.102 Nem pretendem fazê-las. Eles escrevem: "Não é que os evangélicos tenham uma objeção para avaliar todos os argumentos e trabalhos acadêmicos citados pelos críticos mórmons. Alguns apologistas mórmons acham que todos os críticos do mormonismo deveriam dispensar milhares de dólares e homens trabalhando [como os mórmons estão fazendo?] a fim de permanecerem a par do mais atual em defesa acadêmica mórmon em suas numerosas formas de ramificação.... Qualquer um familiarizado com a Bíblia e com História do Cristianismo sabe que a doutrina cristã bíblica ortodoxa está estabelecida e documentada. Para o mormonismo alegar que a doutrina cristã é falsa, é preciso primeiro providenciar no mínimo algumas evidências a fim de apoiar suas asserções”.103
É um assombro, em vista da massiva quantidade de evidência apropriada que tem sido publicada pelos SUD, que eles pudessem fazer tal declaração. Não apenas parecem assumir que eruditos mórmons não devem realmente estar "familiarizados com a Bíblia e história do cristianismo", mas parecem dizer que não há nenhuma necessidade em dispensar qualquer quantidade de tempo significante ou recursos para respondê-los. Em nossa opinião os pontos de vista aqui expressos simplesmente equivalem a uma recusa em realizar uma séria investigação acadêmica. Isto tanto é resultado de apatia ou de incapacidade. O máximo de que são capazes de fazer é oferecer um entusiástico endosso à antologia de Brent Lee Metcalfe, Novas Aproximações sobre o Livro de Mórmon, e anunciar o fim da batalha.104
II. O Que Precisa Ser Feito: Algumas Propostas
O mundo evangélico precisa despertar e responder às pesquisas mórmons contemporâneas. Se não, nós perderemos a batalha sem nem mesmo ficar sabendo. Nossas sugestões são as seguintes: Primeiro, evangélicos precisam superar pressuposições imprecisas sobre o mormonismo. Segundo, contra-sectários evangélicos necessitam referenciar trabalhos acadêmicos SUD que estão além de sua capacidade de refutar pessoas qualificadas. Terceiro, acadêmicos evangélicos precisam fazer do mormonismo, ou de alguns aspectos dele, uma área de interesse profissional. Quarto, editores evangélicos precisam cessar de publicar trabalhos que são desinformados, enganosos ou de alguma maneira inadequados. Quinto, eruditos na comunidade evangélica deveriam colaborar em vários livros tratando das questões levantadas neste artigo. Relacionados a isso, periódicos profissionais deveriam encorajar artigos sobre esses mesmos tópicos. Finalmente, deveríamos sugerir que membros de organizações tais como da Sociedade Evangélica Teológica começassem a formar Grupos de Estudos do Mormonismo. O fato é de que o crescimento do mormonismo está superando mesmo as mais altas predições de sociólogos profissionais de religião e ,continuando dessa forma, dentro de oitenta anos, tornar-se-á a primeira religião mundial desde o islamismo no Século VII.105 Com tal crescimento, as necessidades que foram expressas neste trabalho tornar-se-ão ainda mais urgentes à medida que se aproxima o Século XXI.
Conclusão
Os sentimentos que tentamos expressar neste artigo são adequadamente atestados nas palavras de um proeminente teólogo evangélico com as quais nós concluir:
“A batalha espiritual pode ser considerada sob a égide de um duelo de deuses, um negligenciado tema bíblico que gostaria de recuperar.... As várias religiões e seus deuses parecem estar rogando pela fidelidade do povo. Competição em religião não é apenas bíblica, é empiricamente evidente. Religiões vitais sempre competem com alegações de outras. Se você puder achar uma religião que não é competitiva, você encontrará uma religião em suas últimas etapas. Uma religião dinâmica sempre quer contar sua história, cujos aderentes acham que seja a melhor história já contada e aquela de um compromisso de maior valia.
De acordo com a Bíblia, a história é o teatro de um duelo de deuses. Deuses estão em conflito uns com os outros. Isto opera uma espécie de sobrevivência dos mais adequados entre eles. Alguns caem derrotados, enquanto outros se movem à ascendência... A história é um cemitério de deuses. O Deus vivo sobreviverá a todos os demais, provando a si mesmo ser o verdadeiro Deus. Uma vez que este momento de revelação vem no fim da história, e não estará claro a todos até então, nossa tarefa missionária neste meio tempo é testar a pressuposição concernente à identidade de Deus e conduzir o duelo. Nós dizemos: deixem as alegações serem feitas, deixem a informação ser compartilhada, permitam que as questões sejam ponderadas, e deixem tomar lugar o diálogo”.106
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1. Isto para não dizer que não tem havido nenhuma mudança importante na teologia dos Santos dos Últimos Dias. Mais notavelmente, os santos dos últimos dias estão enfatizando a papel da graça na salvação, a pessoa de Cristo, e a centralidade do Livro de Mórmon na formulação da doutrina. É esta última ênfase que assegura que o Mormonismo não abandonará completamente seus históricos distintivos.
2. Cf. O Dicionário Oxford de Inglês 2a ed., s.v. “scholar”& “scholarly.” É claro, um método erudito não garante conclusões corretas.
3. Jerald e Sandra Tanner, Respondendo Eruditos Mórmons 2 Vols. (Cidade do Lago Salgado: Utah Light House Ministry, 1994, 1996) pode parecer ser uma exceção. No entanto, este trabalho é primeiramente uma resposta a várias revisões de seus livros que aparecem em Revisão de Livros sobre o Livro de Mórmon. Os Tanners são estudantes assíduos da história Mórmon, mas não têm as habilidades necessárias para uma refutação em larga escala dos trabalhos acadêmicos Mórmons. A única verdadeira exceção é Francis J. Beckwith e Stephen E. Parrish, O Conceito Mórmon de Deus: Uma Análise Filosófica (Lewiston, NY: Edwin Mellen Press, 1991). O foco deste livro é bem restrito. É também difícil de obter. Para revisões SUD veja David L. Paulsen e Blake T. Ostler em Filosofia da Religião 35 (1994): 118-120; James E. Faulconer em BYU Studies (Outono 1992): 185-195; e especialmente Blake T. Ostler em FARMS Revisão de Livros 8 no. 2 (1996): 99-146.
4. Novamente, em seu limitado tópico, Beckwith e Parrish são as únicas exceções.
5. A maioria dos intelectuais SUD é afiliada à Universidade Brigham Young ou a alguns de seus campos satélites. Contudo, esta declaração resumida inclui uns poucos eruditos SUD que lecionam em faculdades e universidades não SUD. Philip L. Barlow, Ph. D (Harvard) é um exemplo de erudito Mórmon que leciona em uma instituição não-Mórmon. Ele ensina no departamento de teologia da Faculdade Hanover (Presbiteriana).
6. FARMS está atualmente trabalhando numa coleção de 20 volumes das obras de Nibley, dez das quais estão já publicadas (abrev. CWHN).
7. Truman Madsen, prefácio para Nibley em :Timely and the Timeless: Ensaios Clássios de Hugh W. Nibley, editado por Madsen (Provo: Centro de Estudos Religiosos da BYU, 1978), ix.
8. Ibid., xiv.
9. Citado por Madsen, ibid., xi.
10. De fato, a única interação evangélica substancial que vimos até esta data é o trabalho de 56 páginas (espaço simples) de James White disputando sobre a sintaxe própria do pronome authV em Mateus 16:18. Este artigo pode ser adquirido do sítio da Internet dos Ministros do Alfa & Omega.
11. Para uma curta crítica da metodologia de Nibley a partir de uma perspectiva SUD veja Kent P. Jackson em Estudos BYU 28 no. 4 (Outono 1988): 114-119.
12. Referências específicas podem ser encontradas em John M. Lundquist e Stephen D. Ricks, eds., Pelo Estudo e Também pela Fé: Ensaios em Honra de Hugh W. Nibley (Cidade do Lago Salgado: Desret Book Co. e FARMS, 1990), lxviii-lxxxvii.
13. Veja as contribuições por esses homens no volume um do clássico de Nibley "Pelo Estudo e Também pela Fé".
14. Veja Philip L. Barlow, Mórmons e a Bíblia (Oxford: Oxford University Press, 1991), 147 n. 105.
15. As dissertações de Robinson foram publicadas como O Testamento de Adão: Um exame das Tradições Gregas e Siríacas (SBL Série de Dissertações; Chico, CA: Scholars Press, 1982). Outras obras incluem: "A História Apócrifa de Melquisedeque," Periódico para o Estudo do Judaísmo no Período Persa, Helenístico e Romano 18 (Junho 1987): 26-39; "O Testamento de Adão e a Liturgia Angélica [4QsirSabb], "Revue de Qumran 12 (1985): 105-110; "O Testamento de Adão: Um atual 'Arbeitbericht'," Periódico paara o Estudo de Pseudoepígrafes 5 (Outubro, 1989): 95-100. Ele tem também contribuído para o Dicionário Bíblico Anchor e para as Pseudoepígrafes do Velho Testamento.
16. Veja C. Wilfred Grigs, Cristandade Egípcia Primitiva: De Suas Origens até 451 D.C., Séries de Estudos Cópticos, ec. Martin Krause, no, 2 (New York: E. J. Brill, 1990). Este livro será discutido abaixo.
17. Kent P. Jackson, A Linguagem Amonita da Idade do Ferro (Monografia Semíticas de Harvard; Chico: Scholars Press, 1983).
18. Para um exemplo de seu trabalho em Isaías veja Avraham Gileadi, A Mensagem Literária de Isaías (New York: Hebraeus Press, 1994). É significante que este livro recebeu endossos de doutores como David Noel Freedman e R. K. Harrison.
19. Para um exemplo do alto conhecimento de Rick com as linguagens Semíticas, veja seu Léxico do Inscricional Oatabaniano (Roma: Editrice Pontifício Instituto Bíblico, 1989).
20. Paul Y. Hoskisson, "Evidências Textuais para o Livro de Mórmon," no Livro de Mórmon: Primeiro Néfi, O Fundamento da Doutrina, ed. Monte S. Nyman e Charles D. Tate, Jr (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1988), 283-95.
21. Ibid., 283.
22. Ibid., 284-85.
23. Ibid.
24. Ibid., 287.
25. Hoskisson nota: "Desde a publicação do Livro de Mórmon, outros nomes Semíticos orientais terminando com Aleph (primeira letra do alfabeto hebreu) apareceram, indicando que o terminal Aleph em Alma não é único de seu nome" (p. 249 n. 29). Em apoio ele cita um estudo pelo companheiro Santo dos Últimos Dias Kent P. Jackson, "Nomes Pessoais Amonitas no Contexto do Onomasticon Semítico Oriental," em "A Palavra do Senhor Seguirá Adiante: Ensaios em honra de David Noel Freedman em Celebração do Seu Sexagésimo Aniversário ed. Carol L. Meyers and M. O'Connor (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 1983), 507-21. Também, Hoskisson, "Uma Introdução à Relevância de uma Metodologia para um Estudo dos Nomes Próprios no Livro de Mórmon," em 'Pelo Estudo e Também pela Fé, 2:126-35.
26. C. Wilfred Griggs, "O Livro de Mórmon como um Livro Antigo," em Autoria do Livro de Mórmon: Nova Luz sobre Origens Antigas, ed. Noel B. Reynolds (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1982), 75-101.
27. Ibid., 77.
28. Ibid.
29. Ibid., 78.
30. Ibid., 81.
31. Ibid., 82.
32. Ibid., 91.
34. Donald W. Parry, O Texto do Livro de Mórmon Reformatado de acordo com Padrões Paralelísticos (Provo: FARMS, 1992).
35. Roger R. Keller, Autores do Livro de Mórmon: Suas Palavras e Mensagens (Provo: Centro de Estudos de Religião – BYU, 1996).
36. Veja John Tvedtnes, “O Pano de Fundo Hebraico do Livro de Mórmon,” em Redescobrindo o Livro de Mórmon ed. John L. Sorenson e Melvin J. Thorne (Cidade do Lago Salgado: Deseret Book Co. e FARMS, 1991), 77-91; idem, “Variantes de Isaías no Livro de Mórmon,” em ‘Isaías e os Profetas’ed. Monte S. Nyman (Provo: Centro de Estudos Religiosos da BYU, 1984), 165-77.
37. Stephen D. Ricks, “O Padrão Tratado/Convênio no Discurso do Rei Benjamin (Mosías 1-6)”, Estudos da BYU (Primavera 1984): 151-62.
38. Blake T. Ostler, “A Teofania do Trono e o Comissionamento Profético em I Néfi: Uma Análise Crítica Formal,” Estudos da BYU (Outono 1986): 67-87.
39. Veja por exemplo Joseph Fitzmyer, “Os Pergaminhos de Qumran e o Novo Testamento após Quarenta Anos,” ‘Revue de Qumran Tome 13’ (Outubro 1988): 609-620.
40. Donald W. Parry, Andrew Skinner, Dana M. Pike, Stephen J. Pfann [sic] e David Rolph Seely.
41. Veja Florentino Garcia Martinez e Donald W. Parry [SUD], eds. Uma Biografia dos Achados no Deserto de Judá, 1970-1995 (New York: E. J. Brill, 1996); Emmanuel Toy, Stephen J. Pfann [SUD {sic}], eds. Os Pergaminhos do Mar Morto em Microficha (Autoridade de Antiguidades de Israel, 1993); idem, Volume Acompanhante para os Manuscritos do Mar Morto na Edição de Microficha (Autoridade de Antiguidades de Israel, 1995); Donald W. Parry [SUD], “Recontando Samuel: Ecos dos Livros de Samuel nos Pergaminhos do Mar Morto,” Revue de Qumran Tomo 17 (1996): 293-306; Stephen J. Pfann [SUD {sic}], “4QDaniel” (4Q115): uma Edição Preliminar com Notas Críticas,” Revue de Qumran Tomo 17 (1996): 37-72; David Rolph Seely [SUD], "O 'Coração Circumciso" em r!434 Barki Nafshi," Revue de Qumran Tomo 17 (1996): 527-536; Dana M. Pike [SUD], eds., Descobertas no deserto da Judéia XXXIII (Oxford: Clarendon Press, a ser lançado); Donald W. Parry [SUD] e Stephen D. Ricks [SUD], eds., Pesquisa Atual e Desenvolvimentos Tecnológicos nos Pergaminhos do Mar Morto (New York: E. J. Brill, 1996). Deste volume veja: Donald W. Parry [SUD], "4Qsama e o Tetragramaton" (pp. 106-125); Dana M. Pike [SUD], "O Livro de Números em Qumran: Textos e Contextos" (pp. 166-194); David Rolph Seely [SUD], "Os Textos de Barki Nafshi Texts (4Q434-439)" (pp. 194-214); Scott R. Woodward [SUD], e outros, "Análise de Fragmentos de Papiros do Deserto da Judéia Usando Técnicas de DNA" (pp. 215-238); Donald W. Parry [SUD] e Steven Booras [SUD], "Os Pergaminhos do Mar Morto, Projeto de Database em CD-ROM" (pp. 239-250). Este último ensaio descreve o lançamento do banco de dados para computadores da Biblioteca de Referência Eletrônica dos Pergaminhos do Mar Morto Vol. II produzido pela FARMS e BYU. Colaboradores adicionais ao projeto incluem a Oxford University Press, E.J. Brill, Israel Antiquities Authority e o Ancient Biblical Manuscript Center.
42. Interesse SUD nos pergaminhos pode ser visto em projetos de pesquisa tais como Robert A. Cloward, Os Apócrifos do Velho Testamento, Pseudoepígrafes e os Pergaminhos do Mar Morto: Uma Seleta Bibliografia de Textos Adicionais e Traduções em Inglês (Robert A. Cloward, 1988, disponível pela FARMS); e mais Donald W. Parry e Dana M. Pike, eds., Perspectiva SUD nos Pergaminhos do Mar Morto (Provo: FARMS, a ser lançado). Em conversações pessoais os eruditos Mórmons têm descrito os seguintes como pobres exemplos de uso SUD dos pergaminhos: Vernon W. Mattson, Os Pergaminhos do Mar Morto e Outras Importantes 2a edição (Salt Lake City: Buried Record Productions, 1979); Eugene Seaich, Mormonismo, os Pergaminhos do Mar Morto e os Textos de Nag Hammadi (Midvale, UT: Sounds of Zion, 1980); Keith Terry e Steve Biddulph, Pergaminhos do Mar Morto e a Conexão Mórmon (Maasai: 1996). Nós concordamos que exista uma vasta diferença qualitativa entre estes escritos e aqueles mencionados acima. Entretanto, estes últimos exemplos verdadeiramente ilustram o fato de que o interesse Mórmon nos Pergaminhos está crescendo a um nível popular. Edições dos PMM estão prontamente disponíveis para os leigos comprarem na maioria das livrarias SUD.
43. Hugh W. Nibley, "Mais Vozes do Pó", em Velho Testamento e Estudos Relacionados CWHN vol. 1 (Salt Lake City: Deseret Book Co. e FARMS, 1986), 243.
44. Nibley, "Mais Vozes", 242.
45. Nibley, "Os Pergaminhos do Mar Morto: Algumas Perguntas e Respostas", em Velho Testamento e Estudos Relacionados, 250.
46. William J. Hamblin, "Um Apologista para os Críticos: Premissas e Metodologias de Brent Lee Metcalfe", Revisão de Livros sobre o Livro de Mórmon 6 no. 1 (1994): 484-485. Hamblin está se referindo ao fragmento do Livro dos Gigantes rQ203, rQ530 e 6Q8. Para uma extensa discussão deste e outros paralelos veja Hugh W. Nibley, "Igrejas no Deserto", de Nibley no Timely and the Timeless ed. Truman G. Madsen (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1978): 155-86.
47. Gaye Strathearn, "A Experiência da Esposa/Irmã: Apresentação de Jeová a Faraó," em 'Teu Povo Será meu Povo e Teu Deus Meu Deus ed. Paul Y. Hoskisson (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1994). O artigo contém uma extensa discussão destes e outros textos.
48. Isto é achado ser significante, pois é um exemplo de Judeus batizando por imersão antes do Novo Testamento, mostrando desta forma não ser a prática no Livro de Mórmon um anacronismo.
49. O ponto aqui é ilustrar distintivamente ordenanças Cristãs com raízes no Judaísmo pré-cristão.
50. Stephen E. Robinson, "Cenário de fundo para os Testamentos", The Ensign (Dezembro 1982).
51. James H. Charlesworth, ed., Pseudoepígrafes do Velho Testamento (New York: Doubleday, 1985).
52. Ênfase Acrescentada. Perceba como o Mormonismo e listado aqui com três das grandes religiões mundiais. Veja nota 105 abaixo.
53. Veja OTP, 1:487-495; 1:989-995; 2:413-417.
54. Veja S. Kent Brown e outros, "A Tradução de Joseph Smith da Bíblia: Um Painel", em Escrituras para o Mundo Moderno ed. Paul R. Cheesman e C. Wilfred Griggs (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1984), 81-83.
55. Para um bom exemplo de como eruditos Mórmons se utilizam tais fontes, notem em especial os cautelosos ensaios por Stephen E. Robinson e S. Kent Brown em Escritos Apócrifos e os Santos dos Últimos Dias ed. C. Wilfred Griggs (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1986).
56. Hugh Nibley, O Profeta Enoque CWHN vol. 2 (Cidade do Lago Salgado: Deseret Book Co. e FARMS, 1986).
57. Neste, especialmente veja John W. Welch, "A Narrativa de Zózimo e o Livro de Mórmon" BYU Estudos 22 (Verão, 1982): 311-332
58. Veja Stephen E. Robinson, "Cenário de Fundo para os Testamentos".
59. S. Kent Brown, "Homem e filho do Homem: Questões de Teologia e Cristologia", em A Pérola de Grande Valor: Revelações de Deus ed. H. Donl Peterson e Charles D. Tate (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1989), 57-72.
60. James H. Charlesworth, "Messianismo nas Pseudoepígrafes e o Livro de Mórmon", em Reflexões sobre o Mormonismo: Paralelos Judeu-Cristãos ed. Truman G. Madsen (Provo: BYU Centro de Estudos Religiosos, 1978), 99-137. Os eruditos bíblicos não SUD Jacob Milgrom, David Noel Freedman, W. D. Davies and Krister Stendahl também contribuíram para este volume.
61. W. D. Davies writes: "Como um paralelo no corpus de Enoque, George Nickelsburg chamou minha atenção para 4QEnGiants... 8.3: prsgn lwh'tny [n] (''the copy of the sec[on]d tablet')." W. D. Davies, "Rwflexões sobre o 'Cânon' Mórmon", Harvard Theological Review 79:1-3 (1986): 51 n. 18. O paralelo aqui é com Moisés 6:46: "Pois um livro de memórias temos escrito entre nós, segundo os padrões dados a nós pelo dedo de Deus."
62. Harold Bloom, A Religião Americana (New York: Simon & Schuster, 1992), 101 (ênfase acrescentada).
63Veja Adolph von Harnack, História de Dogmas 7 vols. (New York: Dover, 1961); e Walter Bauer, Ortodoxia e Heresia na Cristandade Primitiva (Philadelphia: Fortress Press, 1971).
64. Stephen E. Robinson, "Cristandade Primitiva e 1 Néfii 13-14", em O Livro de Mórmon: Primeiro Néfi, O fundamento da Doutrina, 188. A Influência da filosofia Grega na Cristandade "ortodoxa" é um tema repetido no recente diálogo de Robinson com o erudito evangélico Craig Blomberg [Craig L. Blomberg e Stephen E. Robinson, How Wide the Divide? Uma conversação Mórmon e Evangélica (downers Grove: InterVarsity Press, 1997)]. Nesta questão Robinson e outros Santos dos Últimos Dias estão inclinados com Edwin Hatch, A Influência das Idéias e Costumes Gregos sobre a Igreja Cristã (London: Williams and Norgate, 1895; reimpresso, Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 1995).
65. Nós não estamos nos referindo aqui ao nível popular do uso dos Patriarcas patrícios exemplificado nos debates de Van Hale, nem ao extremamente pobre manuseio de fontes em Michael T. Griffith, Um Senhor, Uma Fé: Escritos dos Primitivos Patriarcas Cristãos como Evidências da Restauração (Bountiful, UT: Horizon Publishers, 1996). Estes exemplos não representam a força da apologética SUD a partir da História da Igreja.
66. O trabalho mais importante de Nibley nesta área: The World and the Prophets CWHN vol. 3 (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1987) e Mormonism and Early Christianity CWHN vol. 4 (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1987).
67. Estas palestras foram gravadas e estão disponíveis sob o título original na maioria das livrarias SUD e da FARMS [P.O. Box 7113, University Station, Provo, UT 84602]. Nós recomendamos a compra destas séries como uma excelente introdução a Nibley. Seu domínio das fontes Patrícias é o mais impressionante. O Livro contém uns poucos ensaios adicionais e citações para todas as referências, mas falha em transmitir o completo vigor das palestras originais.
68. Phillips, "Prefácio," The World and the Prophets, x, xi.
69. C. Wilfred Griggs, Early Egyptian Christianity: From Its Origins to 451 C.E., Coptic Studies Series, ed. Martin Krause, no. 2 (New York: E.J. Brill, 1990).
70. Por exemplo, O livro de Griggs é listado em várias bibliografias na Enciclopédia da Igreja ed. Angeli Di Bernardino, traduzido por Adrian Walford (New York: Oxford University Press, 1992).
71. Griggs, Early Egyptian Christianity, 45.
72. Deve ser mencionado que Griggs tem escavado alguns dos mais importantes sítios para o estudo da antiga Cristandade no Egito, especialmente no Fayum, e ele mesmo descobriu alguns dos papiros.
73. Ibid., citando Walter Bauer, Orthodoxy and Heresy, xxii.
74. Ibid., 32-33.
75. Ibid., 80, 82.
76. Ibid., 33.
77. Ibid, 83.
78. Ibid, 45-116 passim.
79. Griggs nada mais nada menos declara a visão SUD quando escreve, "Assim como era situação em qualquer lugar da antiga Cristandade, a real ameaça aos crentes era considerada vir de dentro da organização. Membros da Igreja que haviam se voltado contra a verdadeira fé e estavam em rebelião (o significado da palavra grega Apostasia) eram uma ameaça muito maior do que as forças externas." Ele segue esta declaração com uma citação antiga que "identifica os reais apóstatas com aqueles que detinham autoridade eclesiástica." Ibid., 85.
80. Por causa do constante apelo da Igreja Primitiva à doutrina da teosis (deificação) ser bem conhecido, nós escolhemos não a incluir neste estudo. Ao invés, escolhemos descrever dois conhecidos exemplos menores. Deve ser notado, todavia, que a pesquisa SUD neste tópico é mais extensiva do que mera leitura através dos Patriarcas Patrícios. O mais profundo estudo da teosis a partir de uma perspectiva Santos dos Últimos Dias é Keith Norman, "Deification: The Content of Athanasian Soteriology" (Ph.D. dissertation, Duke University, 1980).
81. William J. Hamblin, "Aspects of an Early Christian Initiation Ritual," em By Study And Also By Faith 1:211.
82. Da significância do Evangelho Secreto de Marcos para os Santos dos Últimos cf. Stephen E. Robinson , "Are Mormons Christians?" (Salt Lake City: Bookcraft, 1991), 99-101.
83. Veja David L. Paulsen, "Early Christian Belief in a Corporeal Deity: Origen and Augustine as Reluctant Witnesses," Harvard Theological Review 83 no. 2 (1990): 106. Também veja a réplica de Kim Paffenroth's ("Paulsen on Augustine: An Incorporeal or Nonanthropomorphic God?") e a contra-réplica de Paulsen ("Reply to Kim Paffenroth's Comment") in Harvard Theolgoical Review 86 no. 2 (1993): 233-239. Também veja David Paulsen, "Must God Be Incorporeal?" Faith and Philosophy 6 no. 1 (Jan. 1989): 76-87.
84. Recently Stephen E. Robinson escrevera, "Freqüentemente Evangélicos assumem que nós SUD aceitamos o Livro de Mórmon em lugar da Bíblia, isto é incorreto. Não há um único versículo na Bíblia que eu não aceite ou creia, embora eu verdadeiramente a forçada interpretação imposta na Bíblia pela igreja Helenizada após os apóstolos saírem de cena". Blomberg and Robinson, How Wide the Divide? 59.
85. Ibid., 55.
86. Conselho Internacional de Inerrância Bíblica, The Chicago Statement on Biblical Hermeneutics (1982): Esp. articles VIII, XIII, XIV, XV.
87. Avraham Gileadi, ed., Israel's Apostasy and Restoration: Ensaios em Honra de Roland K. Harrison (Grand Rapids: Baker Book House, 1988).
88. Os ensaios SUD são Avraham Gileadi, "The Davidic Covenant: A Theological Basis for Corporate Protection;" Stephen D. Ricks, "The Prophetic Literality of Tribal Reconstruction," and John M. Lundquist, "Temple, Covenant, and Law in the Ancient Near East and in the Hebrew Bible."
89. A citação do ensaio de Stephen D. Ricks "The Prophetic Literality of Tribal Reconstruction" aparece em Robert L. Saucy, The Case for Progressive Dispensationalism (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1993), 226 n. 11.
90. O artigo de Ricks é significativo porque uma coligação literal de Israel para a Terra prometida foi profetizada por Joseph Smith. [Veja os Ensinamentos do Profeta Joseph Smith ed. Larry E. Dahl and Donald Q. Cannon (Salt Lake City: Bookcraft, 1997), 329.] À luz da importância que tomam templos, convênios e leis do evangelho na vida religiosa Mórmon deveria ser aparente porque Lundquist focalizaria seu estudo neste tópico. O ensaio de Gileadi também se conecta com a teologia SUD no que diz respeito à salvação vicária.
91. Três recentes exemplos de citações involuntárias podem ser visto em Mark F. Rooker, "Datando Isaías 40-66: O que Diz a Evidência Lingüística?" Westminster Theological Journal 58 no. 2 (Fall 1996): 307 n. 15 (referenciando um estudo em mudanças de linguagem em Hebreu bíblico por William J. Adams and L. LaMar Adams); A. Boyd Luter and Michelle V. Lee, "Philippians as Chiasmus: Key to the Structure, Unity and Theme Questions," New Testament Studies 41 no. 1 (Jan. 1995): 99 n. 34 (referencia o livro de John W. Welch's em quiasmos, o qual, incidentalmente, tem um capítulo inteiro sobre quiasmos no Livro de Mórmon); e, Randall Price, Secrets of the Dead Sea Scrolls (Eugene, OR: Harvest House, 1996), 115 (citando o trabalho de Avraham Gileadi em Isaías).
92. Como autor de muitos estudos nesta área, seu domínio da literatura é demonstrado em John W. Welch, ed., A Biblical Law Bibliography, Toronto Studies in Theology, no. 51 (Lewiston, NY: Edwin Mellen Press, 1990).
93. Veja especialmente John W. Welch, "Chiasmus in the New Testament," in Chiasmus in Antiquity, 211-249.
94. Stephen D. Ricks, "The Magician as Outsider: The Evidence of the Hebrew Bible," em New Perspectives on Ancient Judaism ed. Paul V. M. Flesher (Lanham, MD: University Press of America, 1990), 125-134. Este estudo é significante por causa de que as conclusãoes de Rick poderiam ser usadas em um argumento acumulativo a fim de justificar o uso de mágica por Joseph Smith.
95. Veja nota 18.
96. Para um exemplo, veja Richard Lloyd Anderson, Understanding Paul (Salt Lake City: Deseret Book, 1983).
97. Veja os seguintes inserto de autoria SUD noAnchor Bible Dictionary: Egypt, History of (Graeco-Roman); Egyptian, the (person); Sayings of Jesus, Oxyrhynchus; Souls, Preexistence of; Truth, Gospel of [S.K. Brown]; Khirbet Kerak Ware [S.J. Pfann {sic}]; Jaakobah; Jaareshia; Jaasu; Jaaziah; Jaaziel; Names, Hypocoristic; Names, Theophoric [D.M. Pike]; Abortion in Antiquity; Sheba (Person); Sheba (Queen of) [S. D. Ricks]; Adam, The Testament of; Baruch, Book of 4; Joseph, Prayer of [S.E. Robinson]; Arabah; Shur, Wilderness of; Sin, Wilderness of; Zin, Wilderness of [D.R. Seely]; Rephidim; Succoth [J.H. Seely].
98. Usamos o termo "pessoa leiga" livremente quando se referindo aos Mórmons que não são eruditos. Tecnicamente todos Mórmons são leigos, pois não possuem um clero profissional.
99. James White, "Of Cities and Swords: The Impossible Task of Mormon Apologetics," Christian Research Journal (Summer, 1996): 28-35.
100. John Ankerberg and John Weldon, Behind the Mask of Mormonism: From Its Early Schemes to Its Modern Deceptions (Eugene, OR: Harvest House, 1992).
101. Ibid., 452.
102. Não apenas não há nenhuma interação séria com os trabalhos Mórmons neste livro, o pouco que há é quando citando em segunda mão de Jerald e Sandra Tanner. Uma leitura pela notas de rodapé torna isso abundatemente claro. Parece que Ankerberg e Weldon, longe de dispensar milhares de homens-hora e milhares de dólares nesta questão, foram também eles mesmos bastante indesejosos de gastar alguns dólares e algumas horas lendo um pouco de livros pertinentes.
103. Ibid., 453.
104. Ibid. See Brent Lee Metcalfe, ed., New Approaches to the Book of Mormon (Salt Lake City: Signature Books, 1993). Tem-se tornado comum para evangélicos referirem-se a este livro. Isto é bem preocupante




Mormon Scholarship, Apologetics, and Evangelical Neglect:Losing the Battle and Not Knowing It?
by Carl Mosser and Paul Owen
http://www.cephasministry.com/mormon_apologetics_losing_battle.html

The paper has now been published in Trinity Journal (Fall '98, p179-205). Note: The Trinity Journal version includes editorial changes and additions.
Carl Mosser is a recent graduate of Talbot School of Theology in La Mirada, California, where he earned masters degrees in Theology, New Testament, and Philosophy of Religion and Ethics. Paul Owen is a Ph.D candidate at the University of Edinburgh, Scotland, where he is studying in the department of New Testament language, Literature, and Theology.
Note: This is an old version of the paper as posted (unauthorized) to a newsgroup. It is reproduced here from the Deja News archive. See above for information about the current, edited and updated version. - AWH
· An unusually frank and honest appraisal of where things stand at the moment. I'm sure many of you have seen this, and it sounds like these guys know the "real score." This sounds an ominous and grim tone for both sides. Reminds me of Mormon 6:7...when the Nephites see the Lamanites come over the rise for the final time and they realize "this is it-live or die"... and they suspect it's "die."-JSW
Mormon Apologetic, Scholarship and Evangelical Neglect: Losing the Battle and Not Knowing It? Carl Mosser and Paul Owen 1997 Evangelical Theological Society Far West Annual Meeting April 25, 1997
Introduction Spiritual warfare is a reality. Battle in the spiritual realm is not fought with guns and tanks in the manner of the world. This is the war of ideas that vie for men's minds. The Apostle Paul tells us that the weapons we fight with have divine power to demolish such intellectual strongholds. Of Christians he says that, "we demolish arguments and every pretension that sets itself up against the knowledge of God" (II Cor. 10:5). However, to tear down arguments entails that one must first know what the arguments are. This paper seeks to describe the scholarly and apologetic arguments of one group which we, as evangelicals, believe inhibit true knowledge of God. The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, Mormonism, has, in recent years, produced a substantial body of literature defending their beliefs. This paper does not discuss the full range of defensive and offensive scholarship by Latter-day Saints. Instead, we will focus our discussion upon those disciplines that fall under the broad categories of biblical studies and church history. We choose these two categories because of the importance they play in understanding Christian origins and the nature of early Christianity. Both Mormonism and evangelicalism claim to be the Church which Christ founded. Both claim to be the heirs of New Testament Christianity. Both cannot be correct. It is then appropriate to focus on these disciplines because knowing what the beliefs and practices of the earliest Christians were and whether or not the Church which Christ founded apostatized is the central issue of contention. We realize that what we say will not be welcomed by all, especially by some in the counter-cult movement. Some may criticize us for giving the Mormons too much credit and for being too harsh on our fellow evangelicals. However, much like testifying against a loved one in court, we cannot hide the facts of the matter. In this battle the Mormons are fighting valiantly. And the evangelicals? It appears that we may be losing the battle and not knowing it. But this is a battle we cannot afford to lose. It is our deep hope that this paper will, in some small way, serve to awaken members of the evangelical comnmunity to the important task at hand.
Section A: Mormonism I. Evangelical Myths and Five Conclusions There are many evangelical myths concerning Mormon scholarship. The first is that there are few, if any, traditional Mormon scholars with training in fields pertinent to evangelical-Mormon debates. This is simply false. It is a myth that when Mormons receive training in historiography, biblical languages, theology and philosophy they invariably abandon traditional LDS beliefs in the historicity of the Book of Mormon and the prophethood of Joseph Smith. It is a myth that liberal Mormons have so shaken the foundations of LDS belief that Mormonism is crumbling apart. It is a myth that neo-orthodox Mormons have influenced the theology of their Church to such a degree that it will soon abandon traditional emphases and follow a path similar to the RLDS or the World-Wide Church of God.1 These are myths based upon ignorance and selective reading. These myths must be abandoned by responsible evangelicals.
The title of this paper reflects five conclusions we have come to concerning Mormon-evangelical debates. The first is that there are, contrary to popular evangelical perceptions, legitimate Mormon scholars. We use the term scholar in its formal sense of "intellectual, erudite; skilled in intellectual investigation; trained in ancient languages."2 Broadly, Mormon scholarship can be divided into four categories: traditional, neo-orthodox, liberal and cultural. We are referring to the largest and most influential of the four categoriestraditional Mormon scholars. It is a point of fact that the Latter-day Saints are not an anti-intellectual group like Jehovah's Witnesses. Mormons, in distinction to groups like JWs, produce work that has more than the mere appearance of scholarship. The second conclusion we have come to is that Mormon scholars and apologists (not all apologists are scholars) have, with varying degrees of success, answered most of the usual evangelical criticisms. Often these answers adequately diffuse particular (minor) criticisms. When the criticism has not been diffused the issue has usually been made much more complex.
A third conclusion we have come to is that currently there are, as far as we are aware, no books from an evangelical perspective that responsibily interact with contemporary LDS scholarly and apologetic writings.3 In a survey of twenty recent evangelical books criticizing Mormonism we found that none interact with this growing body of literature. Only a handful demonstrate any awareness of pertinent works. Many of the authors promote criticisms that have long been refuted; some are sensationalistic while others are simply ridiculous. A number of these books claim to be "the definitive" book on the matter. That they make no attempt to interact with contemporary LDS scholarship is a stain upon the authors' integrity and causes one to wonder about their credibility.
Our fourth conclusion is that at the academic level evangelicals are losing the debate with the Mormons. We are losing the battle and do not know it. In recent years the sophistication and erudition of LDS apologetics has risen considerably while evangelical responses have not.4 Those who have the skills necessary for this task rarely demonstrate an interest in the issues. Often they do not even know that there is a need. In large part this is due entirely to ignorance of the relevant literature.
Finally, our fifth conclusion is that most involved in the counter-cult movement lack the skills and training necessary to answer Mormon scholarly apologetic. The need is great for trained evangelical biblical scholars, theologians, philosophers and historians to examine and answer the growing body of literature produced by traditional LDS scholars and apologists.
II. The Goals of Mormon Scholarship We realize that our five conclusions may be controversial. However, having read an immense amount of the scholarly literature published (in both LDS and non-LDS venues) by Latter-day Saint intellectuals;5 having read a great deal of apologetic material produced by the Foundation for Ancient Research and Mormon Studies (FARMS); and having read or examined most evangelical works on Mormonism, we feel that we are justified in our conclusions. The scholarship of Mormon writers is often rigorous. In the least their work warrants examination. Further, we have had a number of opportunities to converse with several leading LDS academians. Last summer we even spent three days at BYU attending the FARMS/BYU sponsored International Conference on the Dead Sea Scrolls. Because of our opportunities to interact with LDS scholars we believe that we can (in part) see where they are coming from and where they are headed.
So what are the LDS scholar-apologists trying to prove? In what intellectually plausible ways are they supporting their unique scriptural canon and doctrinal system? The main body of this paper is devoted to illustrating the answer to this question. The Mormon goals are fairly straightforward. First, they believe the Book of Mormon to be an ancient text written by people of Jewish lineage. A number of studies have been done which attempt to reveal Hebraic literary techniques, linguistic features, cultural patterns and other markers which, it is argued, Joseph Smith would not have been capable of fabricating. Second, Latter-day Saints believe that other ancient texts have been restored through Joseph Smith (e.g. the books of Moses and Abraham in the Pearl of Great Price). As a result, Mormon scholars have taken a great deal of interest in the study of the Old Testament Pseudepigrapha and the Dead Sea Scrolls and the Nag Hammadi texts.
The goal here is to highlight features which these ancient documents share with their own sacred literature. Third, it is a conviction of the LDS Church that earliest Christianity suffered substantial apostasy from the latter first century through the end of the second century. This apostasy is usually equated with the process of post-apostolic Hellenization. Under this theory they maintain that the original doctrines of the ancient Church were not lost all at once. So Latter-day Saints have taken a keen interest in the beliefs and practices of the early post-apostolic Church. Special attention has been given to the writings of the Patristic Fathers in an effort to demonstrate similarities with Mormon belief and practice. These similarities are not intended to show that the early Christians were proto-Mormons but rather that remnants of true pre-Hellenized belief remained for a time after the apostasy. In this regard Mormon academians (along with many non-LDS scholars) have taken keen interest in the "parting of the ways" between Judaism and Christianity.
III. Hugh Nibley: The Father of Mormon Scholarly Apologetics Hugh Nibley is without question the pioneer of LDS scholarship and apologetics. Since earning his Ph.D. at the University of California at Berkeley in 1939, Nibley has produced a seemingly endless stream of books and articles covering a dauntingly vast array of subject matter. Whether writing on Patristics, the Dead Sea Scrolls, the Apocrypha, the culture of the Ancient Near East or Mormonism, he demonstrates an impressive command of the original languages, primary texts and secondary literature. He has set a standard which younger LDS intellectuals are hard pressed to follow. There is not room here for anything approaching an exhaustive examination of Nibley's works.6 We must confess with Truman Madsen, Professor Emeritus of Philosophy and Religion at Brigham Young University: "To those who know him best, and least, Hugh W. Nibley is a prodigy, an enigma, and a symbol."7
The few evangelicals who are aware of Hugh Nibley often dismiss him as a fraud or pseudo-scholar. Those who would like to quickly dismiss his writings would do well to heed Madsen's warning: "Ill-wishing critics have suspected over the years that Nibley is wrenching his sources, hiding behind his footnotes, and reading into antique languages what no responsible would ever read out. Unfortunately, few have the tools to do the checking."8 The bulk of Nibley's work has gone unchallenged by evangelicals despite the fact that he has been publishing relevant material since 1946. Nibley's attitude toward evangelicals: "We need more anti-Mormon books. They keep us on our toes."9
No doubt there are flaws in Nibley's work, but most counter-cultists do not have the tools to demonstrate this. Few have tried.10 It is beyond the scope of this paper to critique Nibley's methodology or to describe the breadth of his apologetic.11 Whatever flaws may exist in his methodology, Nibley is a scholar of high caliber. Many of his more important essays first appeared in academic journals such as the Revue de Qumran, Vigilae Christianae, Church History, and the Jewish Quarterly Review.12 Nibley has also received praise from non-LDS scholars such as Jacob Neusner, James Charlesworth, Cyrus Gordon, Raphael Patai and Jacob Milgrom.13 The former dean of the Harvard Divinity School, George MacRae, once lamented while hearing him lecture, "It is obscene for a man to know that much!"14 Nibley has not worked in a cloister. It is amazing that few evangelical scholars are aware of his work. In light of the respect Nibley has earned in the non-LDS scholarly world it is more amazing that counter-cultists can so glibly dismiss his work.
For many years Nibley may have been conservative Mormonism's only reputable scholar. However, due to Nibley's influence as a motivating professor, today there are many more. During the years Nibley taught at BYU several LDS students followed his example by going on to earn the degrees necessary to gain a hearing in the academic community. For example, Stephen E. Robinson went on to Duke University to earn a Ph.D. in Biblical Studies under W. D. Davies and James Charlesworth.15 Others went in different directions: S. Kent Brown took a doctorate from Brown University, focusing his research on the Nag Hammadi texts; C. Wilfred Griggs received a Ph.D. in ancient history from the University of California at Berkeley and is a specialist in early Egyptian Christianity;16 under the supervision of David Noel Freedman and Frank Moore Cross, Kent P. Jackson took a doctorate in Near Eastern studies from the University of Michigan after completing a dissertation on the Ammonite language;17 Avraham Gileadi earned his Ph.D. at BYU, with R. K. Harrison serving as the primary reader of his dissertation concerning the literary structure of Isaiah;18 Stephen D. Ricks received a doctorate in Near Eastern Religions from the University of California at Berkeley and Graduate Theological Union under Jacob Milgrom;19 Donald W. Parry received his Ph.D. in Hebrew jointly from the Hebrew University of Jerusalem and University of Utah; John Gee is currently completing a Ph.D. in Egyptology at Yale University. Many more examples of Mormon scholars with equal credentials could be listed. Currently another crop of traditional Mormon intellectuals, in part funded by FARMS' Hugh Nibley Fellowships, are earning advanced degrees from Oxford, Duke, Claremont, UCLA, University of North Carolina Chapel Hill, Catholic University of America, and elsewhere. Their fields of study are quite relevant: New Testament, Syriac, Early Christianity, Near Eastern languages and cultures, and other disciplines. The significance of these facts is simple: Mormons have the training and skills to produce robust defenses of their faith.
IV. The Book of Mormon: An Ancient Text? The increased sophistication of LDS scholarly apologetic is clearly seen in their approach to the Book of Mormon. Not only do they use scholarship to defend the Book against common criticisms; they are attempting to place it squarely into an ancient Near Eastern background. It is their contention that the Bookl of Mormon reflects the culture, language and customs of ancient Semitic peoples. This reflection is seen not only in the major story line but also in subtle and important ways which, they argue, Joseph Smith (or anyone else living in the nineteenth century) could not have extrapolated from the Bible.
For example, Paul Y. Hoskisson (Assistant Prof. of Ancient Scripture at BYU) wrote an important essay entitled, "Textual Evidences for the Book of Mormon."20 Hoskisson begins his study by pointing out: "In order for material in the Book of Mormon to be sufficient evidence for an ancient Near Eastern vorlage, as I am using the term sufficient here, it must be demonstrated that the textual material is ancient Near Eastern and that it was not available to Joseph Smith."21 The point being made is that while certain features of the text could be explained as pointing to an ancient Near Eastern origin, not all such evidence would qualify as sufficient evidence. Thus we see an LDS scholar attempting to establish some methodological controls for what constitutes "proof" in the Book of Mormon debate. In his essay Hoskisson provides what he feels are examples of sufficient evidence for an ancient Near Eastern vorlage for the Book of Mormon. The first item of evidence examined relates to the statement, "their souls did expand" in Alma 5:9. In context the meaning appears to approximate "they became happy," in light of the structural parallelism with the phrase 'they did sing redeeming love' to celebrate their freedom."22 Hoskisson points out that the King James Bible does not use the word soul in conjunction with expand, although the Book of Mormon also speaks of the soul enlarging and swelling in Alma 32:28 and 34 (respectively). He remarks: "This phrase appears to be unusual. Why should a soul expand? If this phrase is unique in English to the Book of Mormon, could the phrase reflect an ancient Near Eastern vorlage rather than have its origin in English?"23 After pointing out a lack of evidence for this phrase in any extant pre-1830 English source, he goes on to point to instances of this metaphor in Ugaritic and Akkadian sources.
However, ultimately this is not found to be an example of sufficient evidence, because the phrase "expand the soul" does occur in German, and English belongs to the Germanic language group. Hoskisson admits: "Therefore, though the phrase 'expand the soul' does not occur in any readily available pre-1830 English text, and though it is an authentic ancient Near Eastern Semitic phrase, because it is attested in German, we must conclude that the phrase 'their souls did expand' is at best necessary evidence for an authentic Near Eastern Semitic Book of Mormon vorlage, but not sufficient evidence."24
Following this discussion, Hoskisson provides three examples of what he feels are "sufficient" evidence: 1) the repeated use of the cognate accusative in the Book of Mormon (e.g. 2 Nephi 5:15; Mos. 9:8; 11:13; 23:5); 2) the occurrence of the Jewish name Alma in a land transaction found at Nahal Hever, dating from the time of the Bar-Kochba revolt;25 and 3) the concept of the oceanic waters being the fountain of rivers, which is typical of ancient Near Eastern thought, and occurs in 1 Nephi 2:9. A second study that we want to look at was done by C. Wilfred Griggs (Associate Professor of Classics, History, and Ancient Scriptures and Director of Ancient Studies, Brigham Young University). His essay is entitled, "The Book of Mormon as an Ancient Book."26 He begins his study by throwing out a challenge to critics of the Book of Mormon: "It claims to be an ancient book, and it must be examined and criticized in terms of its claim.&Since nobody could feasibly invent a work the length of the Book of Mormon which represented ancient Near Eastern society accurately&,subjecting the book to the text of historical integrity would be a rather easy task for any specialist to undertake."27 Griggs goes on to file a complaint which we would agree is somewhat justified: "It is precisely this dimension of historical criticism, however, which has been almost totally neglected in attempts to establish the book as a fraud."28
As an example somewhat parallel to the Book of Mormon, Griggs points to the 1958 discovery by Morton Smith of the purported letter of Clement of Alexandria written to a certain Theodore. The contents of this letter were previously unknown to the scholarly world, and there is no mention of Theodore in any of Clement's extant writings. The date of the copy, which was discovered in the Mar Saba monastery near Jerusalem, was fairly easy to establish at around 1750. However, after a detailed study of this document in comparison with other ancient sources, Morton Smith concluded that this was indeed an authentic letter of Clement. Griggs comments: "If a two-and-a-half-page text can elicit 450 pages [the length of Morton Smith's study] of analysis and commentary in an attempt to determine its authenticity, one would not expect less from the scholarly world in the case of the Book of Mormon."29
Griggs moves on from there to an examination of the Tree of Life dream recorded in 1 Nephi 8-15 against the backdrop of Mediterranean texts which date to approximately Lehi's time (sixth century BC). His discussion mentions numerous examples of religious and magical texts written on gold, silver and bronze tablets. Of particular interest are the so-called "Orphic gold plates" which date as early as the fifth-century BC and have been found in such scattered areas as Italy, Greece and Crete.30 Scholars are agreed that these gold plates demonstrate foreign influence, but have not come to a consensus as to what that influence was. Griggs notes, however, "The influence was certainly from the ancient Near East, even if there is no agreement on where the ideas were originally found."31 Having noted this, the remainder of the examination involves a comparison of the rituals connected with these plates with materials in the Egyptian Book of the Dead and Lehi's dream in the Book of Mormon, the most feasible and plausible explanation for the internal characteristics shared by the Book of Mormon is that seventh/sixth-century BC Egypt is the common meetingground for the two traditions."32
There is not room here for detailed study of further examples of scholarly defences of the Book of Mormon. But there are many more which do merit attention. John Welch has argued for an ancient vorlage based on chiastic structures in the Book of Mormon.33 Donald W. Parry, professor of Hebrew at BYU and a member of the International Dead Sea Scrolls Editing Team, has published an exhaustive study of Hebrew poetic structures in the Book of Mormon text.34 Roger R. Keller, a former Presbyterian minister armed with a Ph.D. in Biblical Studies from Duke University, has written a monograph arguing on the basis of distinctive word usages that the Book of Mormon cannot be the product of a single nineteenth-century author, but rather is the product of several ancient writers.35 John Tvedtnes, senior project manager for FARMS, has written technical studies on Hebraisms and Isaiah variants in the Book of Mormon.36 Several studies involving form-critical analysis also require some attention.
Stephen D. Ricks, Professor of Hebrew and Semitic Languages at BYU, has written a detailed article discussing King Benjamin's coronation in Mosiah 1-6 against the backdrop of ancient Near Eastern treaty literature.37 Blake T. Ostler has examined the account of Lehi's vision in 1 Nephi 1 against the backdrop of the "call form" in similar theophanies in the Hebrew Bible and Old Testament Pseudepigrapha.38 There are many more studies which could be mentioned, but this should suffice to demonstrate that LDS academicians are producing serious research which desperately needs to be critically examined from an informed evangelical perspective.
V. The Dead Sea Scrolls, Pseudepigrapha, and the Pearl of Great Price Biblical scholars are well aware of the impact which the discoveries at Qumran and adjacent vicinities have had on both Old and New Tesatment studies.39 The Dead Sea Scrolls have greatly enhanced our understanding of Old Testament textual criticism, Aramaic backgrounds to the New Testament and the complexity of the various Judaisms which existed in first-century Palestine. It would be hard to overestimate the importance of the Dead Sea Scrolls research for understanding the Bible.
Recently Mormon scholars have come to the forefront of Dead Sea Scrolls research. FARMS and BYU regularly sponsor international conferences on the Scrolls in Israel or the U.S. attended by world-renowned scholars. At least five [sic] Latter-day Saints are on the International Dead Sea Scrolls Editing Team headed by Emmanuel Tov.40 The work of Latter-day Saints on the Scrolls is readily accepted by the larger academic community and they are often asked to collaborate, contribute or edit books with non-LDS scholars.41 Mormon interest in the Scrolls is not limited to mere curiosity. They use the fruits of their research to promote their faith.42 Mormons have taken a keen interest in the scrolls for several reasons. Foremost among these, they want to support a portrait of early Christianity which is firmly rooted in apocalyptic Judaism. Nibley writes that "this common tradition was not that of conventional Judaism, let alone Hellenistic philosophy; it was the ancient tradition of the righteous few who flee to the desert with their wives and children to prepare for the coming of the Lord and escape persecution at the hands of the official religion."43
Nibley feels that there is a line of continuity between the desert sectarians represented by Lehi and his family (cf. 1 Nephi 2), the community at Qumran, earliest Christianity, and second-century gnosticism. The argument being put forth is not that the Qumran Essenes were proto-Mormons, but simply that Mormonism has more in common with the apocalyptic belief system represented at Qumran than with that of Hellenized Christianity. Nibley continues: "Now with the discovery and admission of the existence of typical New Testament expressions, doctrines, and ordinances well before the time of Christ, the one effective argument against the Book of Mormon collapses."44 Elsewhere he points to ten parallels between the Qumran literature and the Book of Mormon. The tenth example is given as follows: "For the first time we now learn of the ancient Jewish background of (1) the theological language of the New Testament and Christian apocrypha, (2) their eschatological doctrines, and (3) their organizational and liturgical institutions.
All three receive their fullest exposition in 3 Nephi, where the Messiah himself comes and organizes his church on the foundations already laid for it."45 Nibley is not alone in pointing out parallels between the Qumran texts and Mormon scripture. William J. Hamblin complains that "the critics [of Mormonism] have never explained why we find close linguistic and literary parallels between the figure Mahujah in Dead Sea Scrolls Aramaic fragments of the Book of Enoch and Mahijah questioning Enoch in the book of Moses (Moses 6:40)." 46 their community was led by a council of twelve men with three governing priests, they had sacred meals of bread and wine administered by priests,49 and they believed in continuing revelation through a prophetic leader. He writes, "All of this leads to the conclusion that in many ways the Essenes may have been closer to the [Mormon] gospel than other Jewish sects."50
As with defenses of the Book of Mormon, more examples could be listed. In light of the growing participation of LDS scholars in Scrolls research we can be sure that many more will be brought to our attention.Mormon scholars also have a related interest in the Old Testament pseudepigrapha. Their involvement in seudepigraphal studies can be seen in the two volume Old Testament Pseudepigrapha, edited by James H. Charlesworth.51 The dust jacket of the work states: "Scholars, Bible students, professionals of all religious groups and denominations, and lay peopleindeed, all those who can be signified as 'People of the Book,' Christians, Jews, Mormons, Muslimswill be interested in these translations."52 The editor's preface contains a thanks to Brigham Young University's Religious Studies Center for their partial funding of the project. Stephen E. Robinson, a student of Charlesworth's, was responsible for the translation and commentary of the Apocryphon of Ezekiel, the Testament of Adam and 4 Baruch.53
Whereas LDS interest in the Dead Sea Scrolls is primarily related to the desire to root earliest Christianity in the soil of apocalyptic Judaism, the pseudepigrapha offer more specific points of contact between LDS scriptures and various ancient sources. The Mormons are not generally trying to say that genetic literary relationships exist between these texts, but rather that there are significant conceptual parallels which point to an ancient milieu for the Book of Mormon and the Pearl of Great Price.
In a panel discussion a question was asked concerning connections between Mormon scriptures and ancient sources such as the Dead Sea Scrolls, the Pseudepigrapha and the Nag Hammadi texts. In answer S. Kent Brown pointed to two main areas. First of all, there are points of contact with regard to interest in key personalities: Adam (Moses 6:45-68; cf. Life of Giants fragments, and the Ethiopic, Slavonic and Hebrew books of Enoch), Melchizedek (Alma 13:14-19; cf. 11Q Melchizedek and the Nag Hammadi Melchizedek work), Abraham (Book of Abraham; cf. The Testament of Abraham and Apocalypse of Abraham), and Joseph (2 Nephi 3:5-21; cf. Testament of Joseph). Second, there are parallels in terms of key themes such as the Creation account (Moses 3:21-5:21; cf. 4 Ezra 6:38-54 and the Gnostic, On the Origin of the World and the Hypostasis of the Archons), the notion of a pre-mortal existence of souls (Abraham 3:18-28; cf. the Apocryphon of James and the Gospel of Thomas, saying 4), and the idea of an eschatological restoration following a period of apostasy (cf. The Apocalypse of Peter in the Nag Hammadi library).54
Space does not permit an extended discussion of LDS use of the Old Testament Pseudepigrapha, the New Testament Apocrypha and the Nag Hammadi texts.55 However, several studies deserve mention. Hugh Nibley wrote a book-length work on the extant Enoch literature.56 Stephen E. Robinson, in a very sober article, makes several interesting points: Paul's apparent use of the Wisdom of Solomon, which teaches the premortal existence of souls (8:19 ff.) and the creation of the world out of unformed matter (11:17); the Narrative of Zosimus (also known as History of the Rechabites) which contains an interesting tradition about Jews leaving Jerusalem in Jeremiah's time, and travelling across the ocean to a land of promise;57 the Testament of Adam (3:1-5), which contains an account similar to what is found in Doctrine and Covenants 107:53-56; and the Gospel of Philip, which describes a three-stage initiation rite which corresponds to the three chambers of the Jerusalem temple.58 In another interesting study, S. Kent Brown compares the titles Man of Holiness and Man of Counsel in Moses 6:57 and 7:35 with material in the Hebrew Bible and two later documents, Eugnostos the Blessed and The Sophia of Jesus Christ.59 LDS writers are not alone in noting various parallels between these ancient texts and Mormon literature. James H. Charlesworth, in a lecture delivered at Brigham Young University entitled, "Messianism in the Pseudepigrapha and the Book of Mormon," points to what he describes as "important parallels&that deserve careful examination."
He cites examples from 2 Baruch, 4 Ezra, Psalms of Solomon and the Testament of Adam.60 If the world's leading authority on ancient pseudepigraphal writings thinks such examples deserve "careful examination," it might be wise for evangelicals to do some examining. George Nickelsburg has also noted a rather interesting parallel between the Qumranic Book of the Giants and the LDS Book of Moses in the Pearl of Great Price.61 Yale's Harold Bloom is perplexed as how to explain the many parallels between Joseph Smith's writings and ancient apocalyptic, pseudepigraphal, and kabbalistic literature. He writes, "Smith's religious genius always manifested itself through what might be termed his charismatic accuracy, his sure sense of relevance that governed biblical and Mormon parallels. I can only attribute to his genius or daemon his uncanny recovery of elements in ancient Jewish theurgy that had ceased to be available to normative Judaism or to Christianity, and that had survived only in esoteric traditions unlikely to have touched Smith directly."62
VI. Mormonism and Earliest Christianity: Evidence of an Apostasy? It is a central tenet of Mormonism that the original Church established by Christ apostatized. Latter-day Saint scholars (among others) contend that the Church of the post-apostolic period differed substantially from earliest Christianity. In this Mormon scholars have, in large part, adopted the views of Adolph Harnack and Walter Bauer.63 The spirit of apostasy and the increasing influence of Hellenization contirbuted to a spiritual and doctrinal decline in the second and third centuries. According to this thesis, the result was that early Christianity, rooted in apocalyptic Judaism, was transformed into a synthetic blend of "Christianity" and pagan Platonic philosophy. The process of Hellenization was so severe that it literally killed the religion Christ founded and replaced it with something else. Stephen E. Robinson summarizes his view when he writes: Essentially, what happened is that we have good sources for New Testament Christianity (the New Testament documents themselves); then the lights go out (that is, we have very few historical sources), and in the dark we hear the muffled sounds of a great struggle. When the lights come on again a hundred or so years later, we find that someone has rearranged all the furniture and that Christianity is something very different from what it was in the beginning. That different entity can be accurately described by the term hellenized Christianity.64
Mormons have written several studies in this area.65 As usual, Hugh Nibley led the way.66 He began with a book published under the title, The World and the Prophets. This book is the edited transcript from a series of talks originally delivered to an LDS radio audience between March 7 and October 17, 1954 entitled, "Time Vindicates the Prophets."67 In this book, according to the foreword by R. Douglas Phillips, Nibley "describes with great clarity the process by which the Church changed from an organization with inspired prophets into a thoroughly different and alien institution built upon the learning of men. he shows how prophets were replaced by scholars, revelation by philosophy, inspired preaching by rhetoric."68 Whatever one may think about Nibley's conclusions, the breadth of learning displayed in these lectures is, frankly, intimidating. In them he discusses hundreds of passages from Papias, Clement, Ignatius, Irenaeus, Clement of Alexandria, Origin, Athanasius, Augustine, and Chrysostom (among others). In classic Nibley style all references are personally translated from the Greek and Latin originals.
Mormon intellectuals do not confine their reconstruction of early Christian history to Latter-day Saint audiences. In an attempt to reach a wider academic audience C. Wilfred Griggs has published a book-length history of early Egyptian Christianity with E.J. Brill.69 By its frequent bibliographic listing in standard church history reference books it appears that Griggs' work has been received favourably.70 Though in no way an explicit apologetic for Mormonism, this book lends much support to the LDS thesis. In it he argues that earliest Christianity, as it was introduced to Egypt in the first century, was not the same species that was later identified as "orthodox." Griggs declares that "a radical bifurcation of Christianity into orthodoxy and heresy cannot be shown to have existed in Egypt during the first two centuries."71 His study of many early Christian and Gnostic papyri found in Egypt during the last hundred and fifty years leads Griggs to agree with Bauer's main thesis.72 That is, certain manifestations of Christianity which the Church later renounced as heresies "originally had not been such at all, but at least here and there, were only the form of the new religionthat is, for those regions they were simply 'Christianity.'"73 What later heresiologists like Irenaeus identified as "gnosticism" in Egypt was simply "Christianity" to the Egyptians.74
Griggs portrays a version of early Christianity quite different from the nascent Catholicism which later developed into "orthodoxy." This version had a more extensive literary tradition, broader theological tendencies, and more esoteric ritual practice.75 He maintains that the archaeological evidence points to a version of Christianity "based on a literary tradition encompassing both canonical and non-canonical works (both categories being named as such here in light of their later status as defined by the Catholic tradition).&Egyptian Christians did accept the Apocalyptic literary tradition so notably rejected by the Western Church, especially as reflected in the Resurrection Ministry texts, but not at the expense of the gospel or epistolary tradition of the emerging Catholic Church."76 This version of Christianity thrived in the Nile Valley for quite some time.77 Its demise began at the end of the second century with the Bishop of Alexandria being influenced by Irenaeus' Against Heresies. The Bishop and his successors, in a vie for prestige, increasingly aligned themselves wtih the powerful "orthodox" episcopates. As the power of the Alexandrian episcopate extended over greater geographical area the original apocalyptic form of Christianity was increasingly condemned as heretical. When the Alexandrian bishops finally held ecclesiastical power for all Egypt, rival versions of Christianity were systematically wiped out.78 The correspondence with the LDS doctrine of apostasy should be obvious.79
As well as arguing for a radical Hellenization of Christianity, LDS scholars find many parallels between early Christianity and particular LDS practices and doctrines.80 For example, William J. Hamblin has written a detailed study comparing Latter-day Saint temple endowment ceremonies with materials known from certain Gnostic sources and the so-called Secret Gospel of Mark. Hamblin argues, in agreement with Morton Smith, John Dominic Crossan, and Hans-Martin Schenke, that the Secret Gospel of Mark preserves material which pre-dates canonical Mark. Hamblin notes: "Before the recent discovery of Clement's letter it had usually been maintained by modern scholars that the theologians of Alexandrian Christianity were influenced by Gnostic and Hellenistic concepts. The new letter of Clement shows that the Great Mysteries and Hierophantic Teaching were not copied by the Alexandrians from the Gnostics or Greek Pagans, but, as maintained by Schenke, were part of the earliest ideas and practices of Alexandrian Christianity."81 He moves from there to a discussion of esoteric rites which we know of from the Nag Hammadi library and the writings of Irenaeus, noting twelve parallels with the LDS temple endowment which he feels are significant.82
Another example comes from David L. Paulsen's article in the Harvard Theological Review entitled, "Early Christian Belief in a Corporeal Deity: Origen and Augustine as Reluctant Witnesses." Paulsen's study begins by appealing to Harnack for support of the view that the second-century Church replaced the personal God of the Bible with an incorporeal deity due to the influence of Platonism. Paulsen writes, "Harnack identifies several sources of early Christian belief in an embodied deity, including popular religious ideas, Stoic metaphysics, and Old Testament sayings, literally understood.&But no doubt the biblical writings contributed most significantly to early Christian corporealism; for therein God is described in decidedly anthropomorphic terms." The remainder of Paulsen's article contains a discussion of certain polemical writings of Origen and passages from Augustine which indicate that it was common for Christians in their day to view God as an embodied deity (though Origen and Augustine did not).83VII. Where is the Bible? In response to the topics we have been discussing one might assert that they are simply irrelevant to the issue at hand. After all, if Mormons cannot ground their beliefs in the Bible it does not matter whether or not they find support for them among the Dead Sea Scrolls, pseudepigrapha, or church history. Without the Bible it does not matter whether they are using their expertise in Near Eastern history, cultures and languages to defend a possible Near Eastern background for the Book of Mormon. We agree that there is truth in this objection. But, the issues are not so simple that they can be dismissed in this way.
One of the fundamental issues debated by evangelicals and Mormons is the interpretation of the Bible itself. Both parties claim that the Bible is the Word of God. Both claim to believe every verse of the Bible.84 Both parties claim biblical support for their religion. So, theoretically, much of the debate could be solved by an appeal to the Bible. But before this can be done there must be agreement on the hermeneutical ground rules. It seems that in large part evangelicals and Mormons are agreed that the Bible should be interpreted according to its grammatical-historical sense. Writing about the similarity of evangelical and LDS views on the nature of Scripture, Stephen E. Robinson says, "We [LDS] take the Scriptures to be literally true, we hold symbolic, figurative or allegorical interpretation to a minimum, accepting the miraculous events as historical and the moral and ethical teaching as binding and valid."85 This statement is very close to the Chicago Statement on Biblical hermeneutics.86 The question then is not one of methodology.
Logically then, what must be established in Mormon-evangelical dialogues is the historical-cultural context in which the biblical texts were written. This is exactly what the Mormons are doing in their studies of the Dead Sea Scrolls, the pseudepigrapha and Christian origins. They are building the contextual superstructure necessary for a proper interpretation of the Bible, particularly the New Testament. They are arranging the evidence in a manner that will, if flaws are not demonstrated, warrant an interpretation of the New Testament that is both historically-culturally based and at odds with evangelical theology.
Though most energies are being spent in the study of these other areas, Mormons have not neglected biblical studies proper. An example that should have made evangelical Old Testament scholars aware of their LDS counterparts was the festschrift written in honour of R. K. Harrison. Produced in 1988 by an evangelical publishing house, Israel's Apostasy and Restoration contained essays by several leading evangelical scholars as well as three essays written by Mormons (among others). The voluyme was edited by none other than Avraham Gileadi.87 And how does the scholarship of the LDS authors fare in comparison? Their essays in no way stand out as inferior.88 In fact, at least one evangelical theologian has quoted in agreement from these essays in his own writing.89 It strikes us as unusual that no evangelical scholars thought it was odd for Mormons to edit and contribute to this book. It would seem that someone would have investigated to see if these Mormons were using their skills in defence of their faith. As it turns out this book itself does, in very subtle ways, support Mormonism. First, all three of the LDS essays lend support to some aspect of LDS theology.90 Second, the theme of the book and its title reflect the Mormon belief that human history is a series of apostasies from and restorations of true faith (the last being Joseph Smith's Restoration of the Church).
It seems that there exists an unfounded presupposition among evangelicals that there are no respectable LDS biblical scholars. This often blinds people from noticing the work LDS scholars have done. Yet, as with the above mentioned theologian, evangelicals quote Mormon scholars for support more than they know. This is not to say that the practice is wrong per se (it's not), or that Mormon scholars might not sometimes make valid points. (There is an analogy here with evangelical quotation of liberal, Catholic or Jewish scholars.) The point we want to make is this: It is inconsistent for evangelicals to insist that heterodox groups like the Mormons have no legitimate biblical scholars, and then utilize the very scholars whose existence they deny.91
As with the Book of Mormon, DSS and pseudepigrapha we could describe several examples of LDS biblical scholarship, but space does not permit. In a fuller treatment of the subject we might describe, in addition to the above, the work LDS have done on biblical law,92 chiastic structures,93 the role of magic in the Old Testament,94 the unity of Isaiah,95 Pauline theology96 as well as others.97 Suffice it to say that responsible LDS scholars tend not to participate in the naive prooftexting that characterizes the average Mormon missionary or lay person.98
Section B: Evangelicalism 1. Where are the Evangelicals? We hope by this point we have convinced some of our readers that the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints is currently producing a robust apologetic for their beliefs. Their scholars are qualified, ambitious, and prolific. What are we doing in response? The silence has become deafening. And it is getting louder. The only two significant attempts (apart from the Tanners) are one article by James White and a recent book by Dr. John Ankerberg and Dr. John Weldon.
The article by James White, "Of Cities and Swords: The Impossible Task of Mormon Apologetics," was an attempt to introduce evangelicals to LDS apologetics, to the work of FARMS, and, in the process, critique the group.99 This article failed on all three points. White's article does not mention a single example of the literature we have presented in this paper. He does not accurately describe the work of FARMS, or of LDS scholarship in general. He gives his readers the mistaken impression that their research is not respected in the broader academic community. We believe that we have demonstrated that this is simply not the case. His attempted critique picks out two of the weakest examples. Not only does he pick weak examples, he does not give even these an adequate critique. This is nothing more than "straw man" argumentation.
The book by John Ankerberg and John Weldon, Behind the Mask of Mormonism: From Its Early Schemes to Its Modern Deceptions, is far worse.100 We have read a great deal of evangelical literature on the subject. This book, in our estimation, is among the ugliest, most unchristian, and misleading polemics in print. The authors constantly belittle their opponents always questioning either their intelligence or integrity. Particularly frustrating is the appendix which was added to the updated edition. They accuse Mormons of being unwilling "to consider the established theological, textual, historical, and archaeological facts surrounding Mormonism and Christianity."101 The fact of the matter is that it is our evangelical brothers who in this book display their own unwillingness to give any consideration to such issues.102 Nor do they intend to. They write: It's not that evangelicals have an objection to evaluating all the arguments and scholarship cited by Mormon critics. Some Mormon apologists think that all critics of Mormonism should spend thousands of dollars and man-hours [like the Mormons are doing?] in order to stay abreast of the latest in Mormon defensive scholarship in its numerous forms and offshoots.&Anyone familiar with the Bible and Christian history knows that biblical, orthodox, Christian doctrine is established and documented. For Mormonism to claim Christian doctrine is false, it must first provide at least some evidence to support its charges.103
It is amazing, in light of the massive amount of purported evidence that has been published by the LDS, that they could make such a statement. Not only do they appear to assume that Mormon scholars must not really be "familiar with the Bible and Christian history," but they seem to say that there is no need to spend any significant amount of time or resources to respond. In our opinion the views expressed here simply amount to a refusal to do serious scholarly investigation. It is either the result of apathy or inability. The most they are able to do is offer an enthusiastic endorsement of Brent Lee Metcalfe's anthology, New Approaches to the Book of Mormon, and pronounce the battle over.104
II. What Needs to be Done: Some Proposals The evangelical world needs to wake up and respond to contemporary Mormon scholarship. If not, we will lose the battle without ever knowing it. Our suggestions are as follows: First, evangelicals need to overcome inaccurate presuppositions about Mormonism. Second, evangelical counter-cultists need to refer LDS scholarship that is beyond their ability to rebut, to qualified persons. Third, evangelical academicians need to make Mormonism, or some aspects of it, an area of professional interest. Fourth, evangelical publishers need to cease publishing works that are uninformed, misleading or otherwise inadequate. Fifth, scholars in the evangelical community ought to collaborate in several books addressing the issues raised in this paper. Related to this, professional journals should encoruage articles on these same topics. Finally, might we suggest that members of organizations such as the Evangelical Theological Society consider forming Mormonism Study Groups. The fact is that the growth of Mormonism is outpacing even the highest predictions of professional sociologists of religion, and is on its way, within eighty years, to becoming the first world-religion since Islam in the seventh century.105 With such growth, the needs expressed in this paper will become ever more pressing as the twenty-first century approaches.
Conclusion The sentiments we have tried to express in this paper are fittingly stated in the words of one prominent evangelical theologian with which we will conclude.
This spiritual warfare can be considered under the aegis of a contest of the gods, a neglected biblical theme I want to retrieve.&The various religions and their gods appear to be vying for people's allegiance. Competition in religion is not only biblical, it is empirically evident. Vital religions always compete with other's claims. If you can find a religion that is not competitive, you will have found a religion on its last legs. A dynamic religion always wants to tell its story, which adherents think is the best story ever told and the one most worthy of commitment.
According to the Bible, history is the theater of a contest of the gods. Gods are in conflict with one another. There operates a kind of survival of the fittest among them. Some go down to defeat, while others move into ascendancy.&History is a graveyard of the gods. The living God will outlive them all, proving himself to be the true God. Since this moment of revelation comes at the end of history, and will not be clear to everyone until then, our missionary task in the meantime is testing the proposition concerning God's identity and conducting the contest. We say: let the claims be made, let the information be shared, let the issues be weighed, and let dialogue take place.106
___________________________________
1. This is not to say that there have been no important shifts in Latter-day Saint theology. Most notably, Latter-day Saints are emphasizing the role of grace in salvation, the person of Christ, and the centrality of the Book of Mormon in formulating doctrine. It is this last emphasis which insures that Mormonism will not completely abandon its historic distinctives.

2. Cf. The Oxford English Dictionary 2nd ed., s.v. "scholar" & "scholarly." Of course, a scholarly method does not guarantee correct conclusions.

3. Jerald and Sandra Tanner, Answering Mormon Scholars 2 Vols. (Salt Lake City: Utah Light House Ministry, 1994, 1996) might appear to be an exception. However, this work is primarily an answer to several reviews of their books that appeared in the Review of Books on the Book of Mormon. The Tanners are keen students of Mormon history, but do not have the skills necessary for a full-scale rebuttal of Mormon scholarship. The one true exception is Francis J. Beckwith and Stephen E. Parrish, The Mormon Concept of God: A Philosophical Analysis (Lewiston, NY: Edwin Mellen Press, 1991). The focus of this book is quite narrow. It is also difficult to obtain. For LDS reviews see David L. Paulsen and Blake T. Ostler in Philosophy of Religion 35 (1994): 118-120; James E. Faulconer in BYU Studies (Fall 1992): 185-195; and especially Blake T. Ostler in FARMS Review of Books 8 no. 2 (1996): 99-146.
4. Again, on their limited topic, Beckwith and Parrish are the lone exception.
5. Most LDS intellectuals are affiliated with Brigham Young Universities or one of its daughter campuses. However, this summary statement includes a few LDS scholars who teach at non-LDS colleges and universities. Philip L. Barlow, Th.D. (Harvard) is an example of a Mormon scholar who teaches at a non-Mormon institution. He teaches in the department of theology at Hanover College (Presbyterian).
6. FARMS is currently working on a twenty volume collection of Nibley's works, ten of which are already published (abbr. CWHN).
7. Truman Madsen, foreword to Nibley on the Timely and the Timeless: Classic Essays of Hugh W. Nibley, edited by Madsen (Provo: BYU Religious Studies Center, 1978), ix.
8. Ibid., xiv.
9. Quoted by Madsen, ibid., xi.
10. In fact, the only substantial evangelical interaction we have seen to date is James White's 56 page (single spaced) disputation of the proper syntax of the pronoun authV in Matthew 16:18. This paper can be acquired from the Alpha & Omega Ministries Internet site.
11. For a sharp critique of Nibley's methodology from an LDS perspective see Kent P. Jackson in BYU Studies 28 no. 4 (Fall 1988): 114-119.
12. Specific references can be found in John M. Lundquist and Stephen D. Ricks, eds., By Study and Also by Faith: Essays in Honor of Hugh W. Nibley (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1990), lxviii-lxxxvii.
13. See the contributions by these men in volume one of Nibley's festschrift By Study and Also by Faith.
14. See Philip L. Barlow, Mormons and the Bible (Oxford: Oxford University Press, 1991), 147 n. 105.
15. Robinson's dissertation was published as The Testament of Adam: An Examination of the Syriac and Greek Traditions (SBL Dissertation Series; Chico, CA: Scholars Press, 1982). Other works include: "The Apocryphal Story of Melchizedek," Journal for the Study of Judaism in the Persian, Hellenistic and Roman Period 18 (June 1987): 26-39; "The Testament of Adam and the Angelic Liturgy [4QsirSabb]," Revue de Qumran 12 (1985): 105-110; "The Testament of Adam: An Updated Arbeitsbericht," Journal for the Study of the Pseudepigrapha 5 (October, 1989): 95-100. He has also contributed to the Anchor Bible Dictionary and the Old Testament Pseudepigrapha.
16. See C. Wilfred Grigs, Early Egyptian Christianity: From Its Origins to 451 C.E., Coptic Studies Series, ec. Martin Krause, no. 2 (New York: E. J. Brill, 1990). This book will be discussed below.
17. Kent P. Jackson, The Ammonite Language of the Iron Age (Harvard Semitic Monographs; Chico: Scholars Press, 1983).
18. For one example of his work on Isaiah see Avraham Gileadi, The Literary Message of Isaiah (New York: Hebraeus Press, 1994). It is significant that this book received endorsements from professors David Noel Freedman and the late R. K. Harrison.
19. For an example of Ricks' expertise with Semitic languages, see his Lexicon of Inscriptional Qatabanian (Rome: Editrice Pontificio Instituto Biblico, 1989).
20. Paul Y. Hoskisson, "Textual Evidences for the Book of Mormon," in The Book of Mormon: First Nephi, The Doctrinal Foundation, ed. Monte S. Nyman and Charles D. Tate, Jr. (Provo: BYU Religious Studies Centre, 1988), 283-95.
21. Ibid., 283.
22. Ibid., 284-85.
23. Ibid.
24. Ibid., 287.
25. Hoskisson notes: "Since the publication of the Book of Mormon, other West Semitic names ending with aleph have turned up, indicating that the terminal aleph in Alma is not unique to this name" (p. 294 n. 29). In support he cites a study by fellow Latter-day Saint Kent P. Jackson published in a festschrift in honour of David Noel Freedman: Kent P. Jackson, "Ammonite Personal Names in the Context of the West Semitic Onomasticon," in The Word of the Lord Shall Go Forth: Essays in Honor of David Noel Freedman in Celebration of His Sixtieth Birthday ed. Carol L. Meyers and M. O'Connor (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 1983), 507-21. Also, Hoskisson, "An Introduction to the Relevance of and a Methodology for a Study of the Proper Names in the Book of Mormon," in By Study and Also by Faith, 2:126-35.
26. C. Wilfred Griggs, "The Book of Mormon as an Ancient Book," in Book of Mormon Authoriship: New Light on Ancient Origins, ed. Noel B. Reynolds (Provo: BYU Religious Studies Center, 1982), 75-101.
27. Ibid., 77.
28. Ibid.
29. Ibid., 78.
30. Ibid., 81.
31. Ibid., 82.
32. Ibid., 91.
33. See John W. Welch, "Chiasmus in the Book of Mormon," in Book of Mormon Authorship, 33-52; J. W. Welch, ed., Chiasmus in Antiquity, with a foreword by David Noel Freedman (Hildesheim: Gerstenberg Verlag, 1981); J. W. Welch, "Criteria for Identifying and Evaluating the Presence of Chiasmus," Journal of Book of Mormon Studies Vol. 4, no. 2 (Fall 1995): 1-14. On the ritual context of the Book of Mormon see J. W. Welch, The Sermon at the Temple and the Sermon on the Mount (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1990).
34. Donald W. Parry, The Book of Mormon Text Reformatted according to Parallelistic Patterns (Provo: FARMS, 1992).
35. Roger R. Keller, Book of Mormon Authors: Their Words and Messages (Provo: BYU Religious Studies Center, 1996).
36. See John Tvedtnes, "The Hebrew Background of the Book of Mormon," in Rediscovering the Book of Mormon ed. John L. Sorenson and Melvin J. Thorne (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1991), 77-91; idem, "Isaiah Variants in the Book of Mormon," in Isaiah and the Prophets ed. Monte S. Nyman (Provo: BYU Religious Studies Center, 1984), 165-77.37. Stephen D. Ricks, "The Treaty/Covenant Pattern in King Benjamin's Address (Mosiah 1-6)," BYU Studies (Spring 1984): 151-62.
38. Blake T. Ostler, "The Throne-Theophany and Prophetic Commission in 1 Nephi: A Form-Critical Analysis," BYU Studies (Fall 1986): 67-87.
39. See for example Joseph Fitzmyer, "The Qumran Scrolls and the New Testament after Forty Years," Revue de Qumran Tome 13 (October 1988): 609-620.
40. Donald W. Parry, Andrew Skinner, Dana M. Pike, Stephen J. Pfann [sic] and David Rolph Seely.
41. See Florentino Garcia Martinez and Donald W. Parry [LDS], eds. A Bibliography of the Finds in the Desert of Judah, 1970-1995 (New York: E. J. Brill, 1996); Emmanuel Tov, Stephen J. Pfann [LDS {sic}], eds. The Dead Sea Scrolls on Microfiche (Israel Antiquities Authority, 1993); idem, Companion Volume to the Dead Sea Scrolls on Microfiche Edition (Israel Antiquities Authority, 1995); Donald W. Parry [LDS], "Retelling Samuel: Echoes of the Books of Samuel in the Dead Sea Scrolls," Revue de Qumran Tome 17 (1996): 293-306; Stephen J. Pfann [LDS {sic}], "4QDaniel" (4Q115): a Preliminary Edition with Critical Notes," Revue de Qumran Tome 17 (1996): 37-72; David Rolph Seely [LDS], "The 'Circumcised Heart' in r!434 Barki Nafshi," Revue de Qumran Tome 17 (1996): 527-536; Dana M. Pike [LDS], "The 'Congregation of YHWH' in the bible and at Qumran," Revue de Qumran Tome 17 (1996); 233-240; Andrew Skinner [LDS] and Dana M. Pike [LDS], eds., Discoveries in the Judean Desert XXXIII (Oxford: Clarendon Press, forthcoming); Donald W. Parry [LDS] and Stephen D. Ricks [LDS], eds., Current Research and Technological Developments on the Dead Sea Scrolls (New York: E. J. Brill, 1996). From this volume see: Donald W. Parry [LDS], "4Qsama and the Tetragrammaton" (pp. 106-125); Dana M. Pike [LDS], "The Book of Numbers at Qumran: Texts and Context" (pp. 166-194); David Rolph Seely [LDS], "The Barki Nafshi Texts (4Q434-439)" (pp. 194-214); Scott R. Woodward [LDS], and others, "Analysis of Parchment Fragments from the Judean Desert Using DNA Techniques" (pp. 215-238); Donald W. Parry [LDS] and Steven W. Booras [LDS], "The Dead Sea Scrolls CD-ROM Database Project" (pp. 239-250). This last essay describes the groundbreaking computer dftabase Dead Sea Scrolls Electronic Reference Library Vol. II produced by FARMS and BYU. Additional collaborators to the project include the Oxford University Press, E.J. Brill, Israel Antiquities Authority and the Ancient Biblical Manuscript Center.
42. LDS interest in the scrolls can be seen in research projects such as Robert A. Cloward, The Old Testament Apocrypha and Pseudepigrapha and the Dead Sea Scrolls: A Selected Bibliography of Text Additions and English Translations (Robert A. Cloward, 1988, available from FARMS); and further Donald W. Parry and Dana M. Pike, eds., LDS Perspectives on the Dead Sea Scrolls (Provo: FARMS, forthcoming). In personal conversations Mormon scholars have described the following as extremely poor examples of LDS usage of the scrolls: Vernon W. Mattson, The Dead Sea Scrolls and Other Important Discoveries 2nd edition (Salt Lake City: Buried Record Productions, 1979); Eugene Seaich, Mormonism, the Dead Sea Scrolls and the Nag Hammadi Texts (Midvale, UT: Sounds of Zion, 1980); Keith Terry and Steve Biddulph, Dead Sea Scrolls and the Mormon Connection (Maasai: 1996). We concur that there is a vast qualitative difference between these writings and those mentioned above. However, these last examples do illustrate the fact that Mormon interest in the scrolls is growing at a popular level. Editions of the DSS are readily available for laymen to buy in most LDS bookstores.
43. Hugh W. Nibley, "More Voices from the Dust," in Old Testament and Related Studies CWHN vol. 1 (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1986), 243.
44. Nibley, "More Voices," 242.
45. Nibley, "The Dead Sea Scrolls: Some Questions and Answers," in Old Testament and Related Studies, 250.
46. William J. Hamblin, "An Apologist for the Critics: Brent Lee Metcalfe's Assumptions and Methodologies," Review of Books on the Book of Mormon 6 no. 1 (1994): 484-485. Hamblin is referring to the Book of the Giants fragments rQ203, rQ530 and 6Q8. For an extended discussion of this and other parallels see Hugh W. Nibley, "Churches in the Wilderness," in Nibley on the Timely and the Timeless ed. Truman G. Madsen (Provo: BYU Religious Studies Center, 1978): 155-86.
47. Gaye Strathearn, "The Wife/Sister Experience: Pharaoh's Introduction to Jehovah," in Thy People Shall be My People and Thy God My God ed. Paul Y. Hoskisson (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1994). The article contains an extended discussion of these and other texts.
48. This is thought to be significant because it is an example of Jews baptizing by immersion before the New Testament, thus showing the practice in the Book of Mormon not to be anachronistic.
49. The point here is to illustrate distinctively Christian ordinance with roots in pre-Christian Judaism.
50. Stephen E. Robinson, "Background for the Testaments," The Ensign (December 1982).
51. James H. Charlesworth, ed., The Old Testament Pseudepigrapha (New York: Doubleday, 1985).
52. Emphasis added. Notice how Mormonism is listed with three of the great world religions. See note 105 below.
53. See OTP, 1:487-495; 1:989-995; 2:413-417.
54. See S. Kent Brown and others, "The Joseph Smith Translation of the Bible: A Panel," in Scriptures for the Modern World ed. Paul R. Cheesman and C. Wilfred Griggs (Provo: BYU Religious Studies Center, 1984), 81-83.
55. For a good example of how Mormon scholars utilize such sources, especially note the cautious essays by Stephen E. Robinson and S. Kent Brown in Apocryphal Writings and the Latter-day Saints ed. C. Wilfred Griggs (Provo: BYU Religius Studies Center, 1986).
56. Hugh Nibley, Enoch the Prophet CWHN vol. 2 (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1986). On this especially see John W. Welch, "The Narrative of Zosimus and the Book of Mormon" BYU Studies 22 (Summer, 1982): 311-332.
57. On this especially see John W. Welch, "The Narrative of Zosimus and the Book of Mormon" BYU Studies 22 (Summer, 1982): 311-332.
58. See Stephen E. Robinson, "Background for the Testaments."
59. S. Kent Brown, "Man and Son of Man: Issues of Theology and Christology," in The Pearl of Great Price: Revelations from God ed. H. Donl Peterson and Charles D. Tate (Provo: BYU Religious Studies Centre, 1989), 57-72.
60. James H. Charlesworth, "Messianism in the Pseudepigrapha and the Book of Mormon," in Reflections on Mormonism: Judaeo-Christian Parallels ed. Truman G. Madsen (Provo: BYU Religious Studies Centre, 1978), 99-137. Non-LDS biblical scholars Jacob Milgrom, David Noel Freedman, W. D. Davies and Krister Stendahl also contributed to this volume.
61. W. D. Davies writes: "As a parallel in the Enochic corpus, George Nickelsburg has called my attention in correspondence to 4QEnGiants&&.8.3: prsgn lwh'tny[n] (''the copy of the sec[on]d tablet')." W. D. Davies, "Reflections on the Mormon 'Canon'", Harvard Theological Review 79:1-3 (1986): 51 n. 18. The parallel here is with Moses 6:46: "For a book of remembrance we have written among us, according to the pattern given us by the finger of God."
62. Harold Bloom, The American Religion (New York: Simon & Schuster, 1992), 101 (emphasis added).
63. See Adolph von Harnack, History of Dogma 7 vols. (New York: Dover, 1961); and Walter Bauer, Orthodoxy and Heresy in Earliest Christianity (Philadelphia: Fortress Press, 1971).
64. Stephen E. Robinson, "Early Christianity and 1 Nephi 13-14," in The Book of Mormon: First Nephi, The Doctrinal Foundation, 188. The influence of Greek philosophy on "orthodox" Christianity is a repeated theme in Robinson's recent dialogue with evangelical scholar Craig Blomberg [Craig L. Blomberg and Stephen E. Robinson, How Wide the Divide? A Mormon and an Evangelical Conversation (downers Grove: InterVarsity Press, 1997)]. On this issue Robinson and other Latter-day Saints are fond of Edwin Hatch, The Influence of Greek Ideas and Usages upon the Christian Church (London: Williams and Norgate, 1895; reprint, Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 1995).
65. We are not referring here to the popular level use of the Fathers exemplified in Van Hale's debates, nor to the extremely poor handling of sources in Michael T. Griffith, One Lord, One Faith: Writings of the Early Christian Fathers as Evidences of the Restoration (Bountiful, UT: Horizon Publishers, 1996). These examples do not represent the strength of the LDS apologetic from church history.
66. Nibley's most important works in this area area: The World and the Prophets CWHN vol. 3 (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1987) and Mormonism and Early Christianity CWHN vol. 4 (Salt Lake City: Deseret Book Co. and FARMS, 1987).
67. These lectures were recorded and are available under their original title in most LDS bookstores and from FARMS [P.O. Box 7113, University Station, Provo, UT 84602]. We recommend the purchase of this series as an excellent introduction to Nibley. His command of the Patristic sources is most impressive. The book contains a few additional essays and citations for all references but fails to convey the full vigour of the original lectures.
68. Phillips, "Foreword," The World and the Prophets, x, xi.
69. C. Wilfred Griggs, Early Egyptian Christianity: From Its Origins to 451 C.E., Coptic Studies Series, ed. Martin Krause, no. 2 (New York: E.J. Brill, 1990).
70. For example, Griggs' book is listed in several of the bibliographies in the Encyclopedia of the Early Church ed. Angeli Di Bernardino, translated by Adrian Walford (New York: Oxford University Press, 1992).
71. Griggs, Early Egyptian Christianity, 45.
72. It should be mentioned that Griggs has excavated some of the more important sites for the study of early Christianity in Egypt, especially in the Fayum, and has himself discovered some of the papyri.
71. Ibid., citing Walter Bauer, Orthodoxy and Heresy, xxii.
74. Ibid., 32-33.
75. Ibid., 80, 82.
76. Ibid., 33.
77. Ibid, 83.
78. Ibid, 45-116 passim.
79. Griggs all but states the LDS view when he writes, "As was the situation elsewhere in early Christianity, the real threat to believers was considered to be from within the organization. Church members who had turned from the true faith and were in rebellion (the meaning of the Greek word apostasia) were a much greater threat to the Church than were external forces." He follows this statement with an early quotation that "identifies the real apostates with those who have ecclesiastical authority." Ibid., 85.
80. Because appeals to the early Church for the doctrine of theosis (deification) are well-known we have chosen not to include it in this study. Instead we chose to describe two lesser known examples. It should be noted, however, that LDS research on the topic is more extensive than merely reading the Fathers through. The most in depth study of theosis from a Latter-day Saint perspective is Keith Norman, "Deification: The Content of Athanasian Soteriology" (Ph.D. dissertation, Duke University, 1980).
81. William J. Hamblin, "Aspects of an Early Christian Initiation Ritual," in By Study And Also By Faith 1:211.
82. On the significance of the Secret Gospel of Mark for Latter-day Saints cf. Stephen E. Robinson, Are Mormons Christians? (Salt Lake City: Bookcraft, 1991), 99-101.
83. See David L. Paulsen, "Early Christian Belief in a Corporeal Deity: Origen and Augustine as Reluctant Witnesses," Harvard Theological Review 83 no. 2 (1990): 106. Also see Kim Paffenroth's reply ("Paulsen on Augustine: An Incorporeal or monanthropomorphic God?") and Paulsen's rejoinder ("Reply to Kim Paffenroth's Comment") in Harvard Theolgoical Review 86 no. 2 (1993): 233-239. See also David Paulsen, "Must God Be Incorporeal?" Faith and Philosophy 6 no. 1 (Jan. 1989): 76-87.
84. Recently Stephen E. Robinson has written, "Often Evangelicals assume that we LDS accept the Book of Mormon in place of the Bible, this is incorrect. There isn't a single verse of the Bible that I do not personally accept and believe, although I do reject the interpretive straitjacket imposed on the Bible by the Hellenized church after the apostles passed from the scene." Blomberg and Robinson, How Wide the Divide?, 59.
85. Ibid., 55.
86. The International Council on Biblical Inerrancy, The Chicago Statement on Biblical Hermeneutics (1982): Esp. articles VIII, XIII, XIV, XV.
87. Avraham Gileadi, ed., Israel's Apostasy and Restoration: Essays in Honor of Roland K. Harrison (Grand Rapids: Baker Book House, 1988).
88. The LDS essays are Avraham Gileadi, "The Davidic Covenant: A Theological Basis for Corporate Protection;" Stephen D. Ricks, "The Prophetic Literality of Tribal Reconstruction," and John M. Lundquist, "Temple, Covenant, and Law in the Ancient Near East and in the Hebrew Bible."
89. The quotation of Stephen D. Ricks' essay "The Prophetic Literality of Tribal Reconstruction" appears in Robert L. Saucy, The Case for Progressive Dispensationalism (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1993), 226 n. 11.
90. Ricks' article is significant because a literal regathering of Israel to the Promised land was predicted by Joseph Smith. [See The Teachings of Joseph Smith ed. Larry E. Dahl and Donald Q. Cannon (Salt Lake City: Bookcraft, 1997), 329.] In light of the importance temples, covenants and gospel laws play in Mormon religious life it should be apparent why Lundquist would focus his study on this topic. Gileadi's essay also ties in with his LDS theology with respect to proxy salvation.
91. Three recent examples of unwitting quotation can be seen in Mark F. Rooker, "Dating Isaiah 40-66: What Does the Linguistic Evidence Say?" Westminster Theological Journal 58 no. 2 (Fall 1996): 307 n. 15 (referencing a study on language drift in biblical Hebrew by William J. Adams and L. LaMar Adams); A. Boyd Luter and Michelle V. Lee, "Philippians as Chiasmus: Key to the Structure, Unity and Theme Questions," New Testament Studies 41 no. 1 (Jan. 1995): 99 n. 34 (referencing John W. Welch's book on chiasmus, which, incidentally, has an entire chapter on chiasmus in the Book of Mormon); and, Randall Price, Secrets of the Dead Sea Scrolls (Eugene, OR: Harvest House, 1996), 115 (citing Avraham Gileadi's work on Isaiah).
92. As the author of many studies in this area, his command of the literature is demonstrated in John W. Welch, ed., A Biblical Law Bibliography, Toronto Studies in Theology, no. 51 (Lewiston, NY: Edwin Mellen Press, 1990).
93. See especially John W. Welch, "Chiasmus in the New Testament," in Chiasmus in Antiquity, 211-249.
94. Stephen D. Ricks, "The Magician as Outsider: The Evidence of the Hebrew bible," in New Perspectives on Ancient Judaism ed. Paul V. M. Flesher (Lanham, MD: University Press of America, 1990), 125-134. This study is significant because Ricks' conclusions could be used in a cumulative argument seeking to vindicate Joseph Smith's use of magic.
95. See note 18.
96. For one example, see Richard Lloyd Anderson, Understanding Paul (Salt Lake City: Deseret Book, 1983).
97. See the following LDS authored entries in the Anchor Bible Dictionary: Egypt, History of (Graeco-Roman); Egyptian, the (person); Sayings of Jesus, Oxyrhynchus; Souls, Preexistence of; Truth, Gospel of [S.K. Brown]; Khirbet Kerak Ware [S.J. Pfann {sic}]; Jaakobah; Jaareshia; Jaasu; Jaaziah; Jaaziel; Names, Hypocoristic; Names, Theophoric [D.M. Pike]; Abortion in Antiquity; Sheba (Person); Sheba (Queen of) [S. D. Ricks]; Adam, The Testament of; Baruch, Book of 4; Joseph, Prayer of [S.E. Robinson]; Arabah; Shur, Wilderness of; Sin, Wilderness of; Zin, Wilderness of [D.R. Seely]; Rephidim; Succoth [J.H. Seely].
98. We use the term "lay person" loosely when referring to Mormons who are not scholars. Technically all Mormons are laity.
99. James White, "Of Cities and Swords: The Impossible Task of Mormon Apologetics," Christian Research Journal (Summer, 1996): 28-35.
100. John Ankerberg and John Weldon, Behind the Mask of Mormonism: From Its Early Schemes to Its Modern Deceptions (Eugene, OR: Harvest House, 1992).
101. Ibid., 452.
102. Not only is there no serious interaction with Mormon scholarship in this book, what little there is, as frequently cited second hand from Jerald and Sandra Tanner. A cursory reading of the endnotes makes this abundantly clear. It appears that Ankerberg and Weldon, far from willing to spend thousands of man-hours and thousands of dollars on the issue, were also quite unwilling to spend a few dollars or a few hours reading a few of the pertinent books themselves.
103. Ibid., 453.
104. Ibid. See Brent Lee Metcalfe, ed., New Approaches to the Book of Mormon (Salt Lake City: Signature Books, 1993). It has become common for evangelicals to defer to this book. That is quite disturbing. The authors of this volume are, for the most part, thorough-going naturalists. The methodology they employ to dismantle traditional views of the Book of Mormon could equally be used to attack the Bible. David P. Wright, one of the contributors to the work, writes, "This, by the way, shows that the conclusions here about the Book of Mormon cannot be used to funnel Mormons into fundamentalist Christianity. It is the height of methodological inconsistency to think that critical method of study can be applied to the Book of Mormon and that its results can be accepted while leaving the Bible exempted from critical study" (p. 212 n. 105, emphasis added). We are left wondering as to how closely Ankerberg and Weldon (among others) have read this book which they so enthusiastically endorse.
105. See Rodney Stark, "The Rise of a New World Faith," Review of Religious Research 26 no. 1 (September, 1984): 18-27. Stark originally estimated 265 million Mormons by 2080.
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